Na primeira visita à Câmara dos Deputados como ministra da Saúde, Nísia Trindade, falou para integrantes da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher sobre o Programa Nacional de Equidade de Gênero, Raça e Valorização das Trabalhadoras no Sistema Único de Saúde (SUS).
Na ocasião, a deputada federal Clarissa Tércio (PP), que é titular do colegiado, questionou o fato de a portaria que institui o programa, apresentada pela ministra, utilizar termos como “identidade de gênero” e de “linguagem neutra”, o que na opinião da parlamentar vai de encontro às necessidades relacionadas à saúde da mulher, que segundo ela, são muitas.
“O relatório da ministra da Saúde foi claro e demonstrou que os principais esforços do Ministério da Saúde estão sendo “direcionados para o campo ideológico, uma vez que utiliza e enfatiza termos considerados extremamente feministas, indo na direção contrária das necessidades das mulheres”, avaliou Clarissa.
“Dinheiro público gasto em pura doutrinação. São muitos os problemas e dificuldades enfrentadas pelas mulheres atendidas, pelo sistema público de saúde, como a falta de medicamentos, de equipamentos para exames, a deficiência no acompanhamento pré-natal e pós-natal, entre outros”, finalizou a deputada.
Tércio disse ainda que o ministério se utiliza da portaria, como uma forma disfarçada de propagar as questões de gênero e sexualidade.