No dia que marcou a mobilização nacional pela revogação da proposta do Novo Ensino Médio (NEM), a senadora Teresa Leitão (PT) falou sobre a subcomissão criada, após requerimento da petista, para debater a proposta de educação para adolescentes.
Ela explica que um dos objetivos do grupo, que terá o prazo de 180 dias para debater o tema, é ouvir todos os setores da educação.
“A implementação não condiz com aquilo que a gente deseja, que é a inclusão social e a preparação dos estudantes da educação básica para a universidade. Há muitas ideias controvertidas. Não podemos desprezar aquilo que foi construído no nosso programa de governo e na equipe de transição. É um ponto sensível porque já está em curso e para ser revogado a gente tem que colocar algo no lugar. Então a ideia é essa: discutir o cenário do Ensino Médio e seus desafios, suas perspectivas e incorporar aquilo que, historicamente, está previsto no Plano Nacional de Educação”, disse.
Sobre a mobilização pela revogação da proposta do NEM, promovida pelos estudantes e trabalhadores da educação em todos os níveis, a parlamentar defende que “isso é um pouco do cenário que a gente está vivendo, do inconformismo da comunidade escolar com a implementação dessa reforma”.
“Esse novo Ensino Médio foi criado no governo Temer e implementado de forma mais efetiva depois que Bolsonaro assumiu, mas sem nenhum controle, sem nenhuma coordenação nacional. Então, tem muita coisa para ser revista de fato e os estudantes e os trabalhadores da educação estão exercendo seu direito de ir às ruas. E a pandemia foi um fator que teve influência muito negativa na educação, sem sombra de dúvidas”, relembra.
Na semana passada, o Ministério da Educação abriu consulta pública sobre a reformulação do Novo Ensino Médio.