Diversidade musical marca segunda noite no Carnaval do Recife

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Publicado por Américo Rodrigo
19 de fevereiro de 2023 às 08h30min
Foto: Peu Ricardo

Marcado por uma celebração da diversidade musical, o sábado de Carnaval no Marco Zero reuniu foliões aficionados por diferentes ritmos. Do lirismo das agremiações, passando pela tradição do Maestro Duda, a noite ainda ferveu com a energia de Almir Rouche e a euforia de Pabllo Vittar. No encerramento, com a cadência que os residentes da capital pernambucana entendem como poucos, o Recife Capital do Brega entregou sucessos com Conde do Brega, Michelle Melo, Sheldon, entre outros nomes relevantes da cena.

No local especificamente para o show de Pabllo Vittar, Joane Orlando, 22 anos, vibrou com a representatividade que a artista empunha. “Já vi show dela aqui no Recife, inclusive, em 2019, no RecBeat, aí volto agora para assisti-la no Marco Zero. É uma figura excepcional para a comunidade LGBTQIA+ fazendo o Carnaval da minha cidade. Isso me deixa muito feliz. Esse retorno do carnaval está sendo incrível porque também sou artista popular, atuo aqui no cenário da minha cidade, e vejo uma festa incrivelmente majestosa, construída lindamente. Tudo tem sido muito gratificante“, exalta.

O clássico também se fez presente no Recife Cidade do Brega. Em meio a passinhos e clamores de corações partidos, uma multidão vibrou e sofreu ao som do Conde do Brega, Sedutora e Michelle Melo. Além disso, não faltou empolgação nos shows de Sheldon, Os Neiffs, Lekinho Campos, Elvis/Abali, Valquíria, Dayanne, Bateu a Química, Amigas do Brega e Dany Myler.

Severino Lima, 24, não deixou o cansaço abalar a noite. Músico, trabalhou pela manhã, mas fez questão de bater ponto no melhor Carnaval do Brasil. “Sou saxofonista, trabalhei em Olinda, toquei pela manhã e vim brincar à noite, porque não sou de ferro, né? Fico até o final aqui e amanhã acordo cedo para trabalhar de novo. Eu estava precisando desse Carnaval, tá maravilhoso”.

Teve gente curtindo a festa de Momo pela primeira vez. Rosana Rosendo, 50 anos, veio de Caruaru para dar uma chance para as comemorações – e não se arrependeu. “É a minha primeira vez no Carnaval do Recife, eu só sabia dançar forró. Eu costumava ir para o litoral nesse período, mas fez falta esse tempo sem Carnaval. Foi horrível. Tem sido perfeito esse retorno, estou gostando muito daqui do Recife.”

Américo Rodrigo

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