Deputado lamenta situação do saneamento básico no Recife

Notícias
Por Américo Rodrigo
23 de março de 2022 às 19h15min
Foto: Roberto Soares

O deputado estadual Antonio Coelho (UB) usou a tribuna nesta quarta-feira (23) para lamentar a precária situação da capital pernambucana, classificada entre as 20 piores cidades brasileiras em coleta de saneamento básico. Conduzido pelo Instituto Trata Brasil, o estudo avaliou os indicadores dos 100 maiores municípios do país. Divulgados ontem (22), os dados retratam a grave condição vivida pelas famílias brasileiras cuja realidade se apresenta ainda mais discrepante quando comparados os indicadores das 20 melhores com as 20 piores cidades do Brasil. 

O líder da oposição assinalou não ter dúvida de que a universalização do saneamento básico é um desafio para o país, onde cerca de 100 milhões de cidadãos não têm acesso à coleta de esgoto. No entanto, frisou que a situação do Recife e de Pernambuco é ainda mais preocupante. “Nós estamos ficando para trás na marcha da universalização do saneamento básico”, sentenciou o parlamentar.

Para pontuar a gravidade da situação vivida pelo recifense, o deputado Antonio Coelho destacou alguns indicadores apresentados pelo estudo. O Recife ocupa a 83ª posição entre as 100 cidades avaliadas. O baixo investimento por habitante é outro ponto negativo que consta contra a capital pernambucana. “Investimos, por habitante, apenas 47% do que Cuiabá, cidade líder do ranking, investe, ou seja, menos da metade”, ressaltou o deputado, realçando que, a capital também se posiciona mal no contexto do Nordeste. “O Recife investe cerca de 30% a menos do que Natal, a capital nordestina mais bem colocada nesse critério”, frisou.

O fato de o Recife ter despencado 17 posições no ranking nos últimos oito anos do levantamentos (2013 a 2020) também não passou despercebido pelo oposicionista, o qual fez questão de pontuar que o citado período corresponde a gestões do PSB tanto à frente da capital quanto do estado. 

Podemos estabelecer uma linha muito clara entre o sofrimento do povo pernambucano e a ineficiência e o esgotamento do modelo estatal vigente em Pernambuco. O governador age para assegurar os interesses da Compesa, afugentando investimentos privados. Mas a política do saneamento básico não deve proteger interesses corporativistas; nós precisamos priorizar a população carente de saneamento básico e de acesso à água tratada. Vamos defender uma nova visão de governo, que possa convidar um maior papel da iniciativa privada e, assim, estabelecer um novo tempo no saneamento básico”, finalizou o líder.

Américo Rodrigo

Ouça agora AO VIVO