Foi rejeitado na sessão desta terça-feira (8), da Câmara de Caruaru, um requerimento de autoria do vereador Cabo Cardoso (PP) que solicitava o fim do passaporte vacinal em repartições públicas e privadas de Caruaru. O pedido era direcionado à prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), e à secretária de Saúde, Bárbara Florêncio.
Na discussão da proposta, Cardoso argumentou que o documento só comprova a imunização, mas não a negatividade para a Covid-19, dando exemplo de pessoas que mesmo após tomar duas doses da vacina, contraíram a doença. O vereador ainda pontuou que há vários casos de falsificação do comprovante, e reforçou que não é contra a vacinação, já que também está devidamente imunizado.
“Muita gente está tendo o seu direito de ir e vir cerceado, na saúde, inclusive. Acompanhei casos onde um pai e uma mãe levam o filho para uma UPA e o filho é atendido, mas, pelo fato daquele pai ou aquela mãe não apresentarem o passaporte vacinal, estão sendo proibidos de adentrar naquela unidade hospitalar. Até para fazer matrícula em escolas, pais me procuraram, porque foram proibidos de adentrarem naquele equipamento educacional para fazer a matrícula do filho”, disse Cardoso.
O vereador Ricardo Liberato (PSDB) pediu destaque ao requerimento, que foi votado nominalmente. De 20 parlamentares presentes, apenas o autor, Cabo Cardoso, Irmão Ronaldo (PROS), e Mano do Som (UB), foram favoráveis.
O passaporte vacinal começou a ser exigido pelo Governo do Estado em repartições públicas e privadas, no início de dezembro de 2021. Em Caruaru, a determinação também passou a valer na mesma época.