Reflexões para nossa educação: desabafo de um professor

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Publicado por Américo Rodrigo
2 de março de 2022 às 11h45min
Foto: Vladimir Barreto

Por Jorge Quintino*

O primeiro passo rumo à liberdade é a consciência da escravidão. Não estamos cumprindo enquanto nação o mínimo das promessas de valorização da educação pública de qualidade. Precisamos de gestos mais profundos e contundentes por parte de todos. Nossas crianças carecem urgentemente. O mundo de forma clara e objetiva precisa da educação pública de qualidade para sobreviver e prosperar. A educação pública é o futuro da humanidade – para o melhor e/ou para o pior (depende de como seja instrumentalizada, se para libertar ou aprisionar).

O fabuloso tesouro de REBAS (conhecimento) precisa ser concretizado e democratizado. Como o patrono dos Direitos Humanos Dom Hélder Câmara nos disser: a única guerra legítima é aquela que se declara contra a miséria e a ignorância. E ao nosso ver, a melhor arma que precisamos é de educação pública e de qualidade. Termos consistência do propósito político e prático ao qual estamos nos referindo para uma educação libertadora é algo necessário . A estrutura física é muito pouco para o ambiente necessário. Estamos falando de outros territórios. A solução requer prioridade de fato na educação pública.

Não é tempo de inflarmos egos e sim de coletivamente trabalharmos em prol da construção de gestos mais contundentes e verdadeiros para nossa educação. Nos inquietemos para diálogo e reflexões e mais que isso para práxis (teoria e prática). A educação pública não pode se tornar vitrine eleitoreira para ninguém! Vamos deixar de lado qualquer distração que não o objetivo maior – educação pública de qualidade.

Fundeb é fundo para a educação, não para ser esgotado com ações outras e quaisquer outros interesses.

*Jorge Quintino
Professor e vereador de Caruaru

Américo Rodrigo

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