Na última terça-feira (22), a diretoria do Sindloja Caruaru ratificou o nome do empresário Manoel Santos como candidato ao cargo de presidente da Fecomércio no pleito que ocorrerá entre abril e maio de 2022.
Numa reunião bastante concorrida, presidida pelo recém-empossado presidente do Sindloja, Augusto Costa, a diretoria aprovou o apoio por unanimidade (tendo apenas uma ressalva do vice-presidente Michel Jean, quanto a uma possível judicialização).
Manoel Santos e o grupo de sindicatos que o apoiam, incluindo o Sindlojas Recife, defendem a modernização do estatuto da Fecomércio para que fique em consonância com o Código Civil e a Constituição Federal. Eles solicitam o término dos mandatos sucessivos, vedando mais que uma recondução para qualquer cargo da diretoria. Entre as propostas, estão também a criação da função de presidente do conselho de representantes da entidade, redefinição dos papeis da diretoria executiva e do conselho, uma vez que a diretoria se utiliza de prerrogativas que deveriam ser do conselho causando confusão na atuação do comando da entidade. O grupo espera proporcionar assim mais transparência no modelo de gestão, além do fortalecimento do princípio democrático na entidade e estímulo à alternância na administração da Fecomércio, algo que com o estatuto atual é quase impossível.
O modelo de gestão baseado no estatuto vigente gera um comando quase autocrático para entidade, desestimulando a alternância na gestão e enfraquecendo o processo democrático de renovação. Outro aspecto que a oposição defende é uma melhor interação com o setor empresarial, gerando dessa forma maior representatividade e, consequentemente, fortalecimento da entidade.
Mais um ponto que a oposição pretende discutir é o princípio da proporcionalidade. Isso significa que, quando houver disputa, seria uma disputa pelo comando da entidade e o grupo que saísse vencedor ficaria com cargos proporcionalmente aos votos obtidos e, nesse caso, com prerrogativa de preferência para determinados cargos por ter tido maioria. Assim, todos os sindicatos filiados à entidade estariam de uma forma ou de outra participando da gestão, mantendo o equilíbrio, reduzindo conflitos e não enfraquecendo a entidade por perdas de sindicatos representativos.
O sistema sindical no Brasil precisa de mudanças urgentes, que se adequem à nova realidade social do país. O mundo se transforma, o Brasil se transforma, o setor empresarial se transforma na mesma velocidade e o movimento sindical não pode continuar às margens dessas mudanças e transformações.
Manoel Santos é um empresário moderno e bem sucedido em seus empreendimentos, antenado com as mudanças e tranformações do setor. Há mais de 25 anos disponibiliza grande parte do seu tempo em atuação em várias entidades de classe, tendo ocupado cargos tanto no movimento sindical como em outras entidades de classe. Ele tem todas as qualidades e condições necessárias para conduzir o processo de renovação para uma Fecomércio do futuro.