Gás Natural Veicular cresce 108% em Pernambuco

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Publicado por Américo Rodrigo
23 de fevereiro de 2022 às 17h30min
Foto: Marlon Diego

As conversões de carros para GNV em Pernambuco cresceram 108% em 2021, em comparação com 2020. De janeiro a dezembro do ano passado, o total de automóveis convertidos para uso do gás natural veicular foi de 12.861, ante 6.191 em igual período em 2020.

O ano de 2021 foi histórico para o GNV em Pernambuco, com o registro das maiores marcas mensais já atingidas no Estado. A escalada começou em maio, quando houve 1.140 conversões – número até então nunca alcançado, em um mês. De agosto a dezembro, o total manteve-se sempre acima de 1 mil. Em agosto foi 1.306; em setembro, 1.233; em outubro, 1.480; em novembro, 1.370; e, em dezembro, o maior já registrado até hoje: 1.755. Pernambuco encerrou o ano de 2021 com uma frota de mais de 81 mil veículos adaptados para o uso do gás veicular, segundo dados do Detran-PE.

Os dados recordes ocorreram também no aumento do volume médio diário de gás veicular comercializado pela Copergás. Em 2021, foi de 378,8 mil m³/dia – montante 31% superior ao obtido em 2020, e 27% maior que o de 2019.

Os primeiros números de 2022 mostram que a tendência de alta continua: o ano teve o melhor janeiro do GNV no Estado, com 1.232 conversões, superando os resultados do mesmo mês de 2019 (616), de 2020 (803) e de 2021 (745). Houve crescimento igualmente no  volume de gás comercializado pela Copergás,  que chegou a 410 mil m³/dia, recorde para um mês de janeiro. 

Para fazer frente à procura cada vez maior pelo GNV, a Copergás vem ampliando a rede de postos com abastecimento do gás veicular. Já são 91 em todo o Estado, incluindo um no Sertão (em Petrolina, inaugurado em dezembro do ano passado). Segundo o presidente da Copergás, André Campos, esta expansão da rede de abastecimento segue orientação do governador Paulo Câmara e do secretário Geraldo Julio (Desenvolvimento Econômico). 

“Nós estamos trabalhando para que cada vez mais este combustível esteja disponível para os motoristas, tanto para os profissionais que têm no GNV um fator de geração de renda, quanto para aqueles que desejam reduzir os seus custos com o veículo”, afirmou André. “Como se não bastasse tudo isso, o GNV ainda é menos poluente, seguro e eficiente. Para qualquer área que você olhe, as vantagens do gás veicular se destacam”.

Iniciativas
Uma série de ações foi realizada em 2021 com impacto sobre o mercado de GNV em Pernambuco. Em agosto, a Copergás assinou contrato com a Shell, marcando a abertura do mercado de gás natural no país. Hoje, a companhia pernambucana tem três supridores: a Petrobras, a New Fortress e a Shell. Graças a essa diversificação de fornecedores, a Copergás pôde manter, em 1º de fevereiro passado, o atual preço do gás natural no Estado, sem repassar para o usuário o aumento de 15,9% dado pela Petrobras. O cálculo médio ponderado das tarifas dos três supridores possibilitou a manutenção do preço.

Três outras iniciativas beneficiaram o setor no Estado.  Em março, a primeira vistoria no Detran-PE para instalação do kit gás tornou-se mais rápida, ocorrendo em um prazo máximo de 72h. Antes, o mesmo processo poderia demorar até 20 dias. A agilização resultou de um entendimento entre Copergás e Detran-PE.

Em julho, a Copergás lançou uma campanha publicitária enfocando os benefícios do GNV. Com o mote de “Aí eu vi vantagem”, a iniciativa teve propaganda veiculada em emissoras de TV e rádio, sites, blogs, redes sociais, outdoors, carros de aplicativos e ônibus.

Em novembro, o governo do Estado, por meio da AGE (Agência de Empreendedorismo de Pernambuco), com o apoio da Copergás, lançou uma linha de crédito para facilitar o acesso à conversão de carros para GNV. O programa destina-se a motoristas de táxi e de aplicativos, bem como a profissionais autônomos que utilizam seus veículos profissionalmente. O financiamento é de até R$ 8 mil, para ser pago em 24 meses, com taxas de juros de 0,99% ao mês.

Vale ressaltar, ainda, que o preço do GNV em Pernambuco é o menor do Nordeste e um dos menores do país, segundo levantamentos da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Isso acontece em virtude de uma lei estadual de 2016, de autoria do Governo Paulo Câmara, que reduziu o ICMS do gás veicular para 12%. Na maioria dos Estados, a alíquota é maior.

Américo Rodrigo

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