Coluna da terça
Segunda deputada mais votada para representar Pernambuco na Câmara Federal, Marília Arraes (PT) trabalha para reverter o veto do seu partido na eleição majoritária deste ano, mesmo com ela liderando a corrida para o Governo do Estado e também o Senado Federal.
O nome aprovado no Diretório Estadual do PT para concorrer ao Palácio do Campos das Princesas foi o do senador Humberto Costa, que terminou retirando sua pré-candidatura na última sexta (4), após encontro com o ex-presidente Lula, alegando “gesto político ao PSB”.
Com o recuo já esperado de Humberto, naturalmente cabe ao PT indicar um nome para o Senado ou a vice, podendo ser o deputado Carlos Veras ou a deputada Teresa Leitão, restando para Marília a opção de tentar renovar o seu mandato com status de puxadora de votos.
O histórico de Marília Arraes no PT é de altos e baixos. Quando concorreu a Prefeitura do Recife, contou com o apoio e solidariedade da cúpula nacional da sua sigla. Já quando lançou candidatura avulsa e disputou a 2ª secretaria da Câmara, enfrentou um desgaste interno.
Caso Marília fosse indicada ao Senado e obtivesse um resultado positivo, além de ameaçar a liderança de Humberto Costa, seria uma forte candidata ao Governo de Pernambuco em 2026 e esses dois elementos são o suficiente para que ela não seja alçada a voos maiores.
Sem opção
Caso resolva deixar o PT algum dia para disputar o Governo de Pernambuco, a deputada Marília Arraes não terá tantas opções para se filiar. As siglas que não têm “dono”, não contam com a mesma estrutura e nem com um cabo eleitoral com a mesma representatividade do ex-presidente Lula.
Na bagagem
Em São Paulo, desde ontem (7), para participar de uma reunião do setorial de educação, a deputada Teresa Leitão (PT) levou na sua mala um bolo de rolo para entregar ao ex-presidente Lula. A expectativa é que os dois também dialoguem sobre o cenário estadual.
Entusiasmado
Durante conversa com a coluna, ontem (7), o ex-prefeito de Garanhuns, Izaías Regis (PSDB), que vai tentar uma vaga na Alepe, é um dos mais animados com a possibilidade de a prefeita Raquel Lyra (PSDB) disputar o Governo de Pernambuco. Izaías atestou que a tucana é forte no Agreste Meridional.
Ausência
Nenhum representante do PSL esteve presente ontem (7), na formalização de apoio do Podemos à pré-candidatura de Miguel Coelho (DEM) ao Governo do Estado. À coluna, o presidente estadual do partido, Frederico França, informou que não foi convidado para o ato.
Registro
O TSE julga hoje (8) o pedido de registro do União Brasil, resultado da fusão entre DEM e PSL. A legenda já nascerá como a maior força do Congresso, caso seja formalizada. Atualmente os partidos têm juntos 91 deputados e sete senadores.