Gilson Machado Neto se reúne com empresários da FIEPE

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Publicado por Américo Rodrigo
31 de janeiro de 2022 às 16h30min
Foto: Divulgação

A diretoria executiva da FIEPE recebeu, na tarde desta segunda-feira (31), na Casa da Indústria, a visita do ministro do Turismo, Gilson Machado Neto. Na pauta do encontro, além de uma apresentação sobre a atuação da FIEPE, SESI, SENAI e IEL, foram discutidos os principais gargalos da indústria, investimentos estruturadores para o Estado – como a Escola de Sargento das Armas e a ferrovia Transnordestina – e algumas alternativas para a retomada do crescimento econômico local e nacional.

Temática que teve total convergência entre os empresários e o ministro foi a importância de proteger as indústrias de confecção do Agreste de uma concorrência internacional considerada desleal. Natural de Caruaru e conhecedor do polo de confecção do Agreste, Gilson Machado garantiu no encontro que o assunto já havia sido discutido com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e está completamente abortada qualquer inciativa de estímulo à importação de produtos acabados de países como Coréia do Sul, Indonésia e Vietnã ou qualquer outro.

Outra preocupação apresentada pelos industrias está relacionada à falta de matéria-prima para a produção industrial local. “Essa sim merece uma atenção especial quanto à possibilidade da redução de alíquotas para a importação, ainda que temporária. Desde o início da pandemia estamos com dificuldades para encontrar certos insumos ou esbarramos em preços proibitivos. O setor de plástico ou papel, por exemplo, tem sofrido com aumentos de 100% até 160% nos seus principais insumos”, destacou Essinger. Segundo dados da Sondagem Industrial, elaborada pelo Núcleo de Economia da FIEPE, esse é um problema que tem atingido mais da metade dos empresários entrevistados, chegando a 53,7%. 

Pauta sempre defendida pela diretoria da FIEPE junto aos deputados federais e autoridades públicas, a sensibilização para aprovação das reformas Tributária e Administrativa foram temáticas abordadas também na oportunidade. “A indústria de transformação acabou ficando com a maior fatia no pagamento dos impostos. Atualmente, a nossa carga tributária chega a 44,8% e só a reforma pode equalizar isso”, destacou o diretor-financeiro da FIEPE, Felipe Coêlho.

Na oportunidade, o ministro antecipou ainda alguns dos investimentos previstos para o Estado, como o complexo de lazer e turismo “Porto Novo Recife”, que contará com hotel-marina e centro de convenções e está sendo construído no Recife antigo por um grupo privado com financiamento do BNB. Também atualizou os empresários sobre obras como a duplicação da PE-408, a operacionalização do aeroporto de Caruaru e a adutora do Agreste.

Entre as pautas tratadas junto ao Governo Federal e apresentadas na ocasião, estão: um programa de REFIS com condições especiais para micro e pequenas empresas, o maior acesso a crédito nos bancos oficiais, mais incentivos para tecnologia e inovação do parque industrial, além da preocupação com as sucessivas altas do dólar, da inflação e dos derivados de petróleo.

Américo Rodrigo

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