O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse em uma entrevista ao UOL, nesta sexta-feira (12), que se o PDT não for ao segundo turno nas eleições de 2022, apoiará Lula (PT) contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Apesar disso, Lupi garantiu que o partido não desistirá da candidatura de Ciro Gomes (PDT) para firmar uma aliança com o petista.

“No primeiro turno, não vejo possibilidade. Agora, segundo turno é outra eleição. Vamos ver quem é o adversário. Se for Bolsonaro ou seus representantes, com certeza não estaremos com Bolsonaro, estaremos com Lula“, afirmou Lupi.

Ele também se opôs a um possível apoio do PDT a Sergio Moro (Podemos) ou João Doria (PSDB), alegando que ambos são “adjacentes” a Bolsonaro, mas negou que veja Eduardo Leite (PSDB) da mesma forma.

“Estaremos contra o palanque onde estará Bolsonaro e seu grupo… o que eu chamo de adjacente é o que tem a política da direita, política raivosa, odienta. O Moro é; acho que o Doria tem essa característica. Já não acho Eduardo Leite com essa característica”, disse o presidente do PDT.

Em relação aos constantes ataques de Ciro a Lula, Lupi disse que “cada um tem seu estilo de fazer campanha e de emitir suas opiniões“, mas discordou das agressões ao petista. “Não faço a política pessoal, para mostrar minha divergência enquanto ao aspecto pessoal. Minha divergência é contra aspecto programático e como se executa o poder”, revelou.

O chefe do PDT ainda opinou sobre o governo do ex-presidente. “[Lula] Foi um presidente que gerou muito emprego para os pobres, que fez uma política social muito boa, mas, ao mesmo tempo, foi o presidente da República que mais ajudou os grandes conglomerados nacionais e internacionais. Foi também o presidente que mais fez o sistema financeiro ganhar dinheiro. Esta, para mim, é a nossa diferença“, relatou Lupi.