Coluna da quarta

Após um período nos Estados Unidos, onde estava trabalhando como consultor de uma empresa, o ex-juiz Sérgio Moro voltou ao Brasil e deu início às movimentações políticas. Ele vem sendo cogitado para disputar o Palácio do Planalto no ano que vem e passa a ser mais um nome a integrar a tão concorrida terceira via. Moro ganhou fama após conduzir a Operação Lava Jato, responsável por prender e automaticamente tirar o ex-presidente Lula da corrida presidencial de 2018. Sergio Moro vai se filiar ao Podemos no dia 10 de novembro e a expectativa é saber quais serão os próximos passos depois de entrar de vez para a política. Caso decida mesmo pela candidatura, ele terá pouco menos de um ano para alinhar o discurso e não ficar preso apenas ao tema da corrupção, responsável por projetá-lo para o cenário nacional.

Menos um
Se por um lado o ex-juiz Sergio Moro pode entrar no time dos pré-candidatos à Presidência da República, o apresentador José Luiz Datena, que tinha ingressado recentemente no PSL para disputar a sucessão de Bolsonaro, recuou da proposta. Ainda ontem (02), Datena anunciou a ida para o PSD de olho no Senado.

Herói
Defensor do nome de Sergio Moro para à presidência, o deputado federal Júnior Bozzella (PSL-SP) tem um encontro marcado com o ex-juiz nesta quarta-feira (03). A reunião também contará com a bancada lavajatista da sigla. Recentemente Bozzella classificou Moro como “herói”, devido a sua atuação na Operação Lava Jato.

Reação
Ao comentar uma declaração de Sergio Moro sobre sua filiação ao Podemos, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), não economizou nas críticas ao ex-juiz. Para o socialista, Moro foi declarado “incompetente e suspeito” pelo Supremo Tribunal Federal.

Embate
Caso sua candidatura seja confirmada, Sergio Moro enfrentará o ex-presidente Lula nos debates. Em junho, o Supremo Tribunal Federal reconheceu, por 7X4, a competência da Segunda Turma da Corte para declarar a suspeição do ex-juiz no processo do triplex do Guarujá.

Planos frustrados
Bolsonarista de carteirinha, a filiação de Moro ao Podemos pode acabar atrapalhando a travessia de Clarissa Tércio do PSC para a legenda. Antes considerado um superministro, o ex-juiz passou a ser chamado de traidor pelos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.