Cenário Político: partidos trabalham para ter Bolsonaro

Cenário Político
Publicado por Américo Rodrigo
27 de outubro de 2021 às 00h00min
Foto: Isac Nóbrega

Coluna da quarta

Sem filiação partidária desde que deixou o PSL em novembro de 2019, o presidente Jair Bolsonaro vem sendo cortejado por algumas siglas nas últimas semanas. Entre elas, o PTB de Roberto Jefferson, o PP de Ciro Nogueira e o PL de Valdemar Costa Neto, todos integrantes do Centrão, que o chefe do Executivo tanto repudiou durante a campanha de 2018.

A concorrência para ter Bolsonaro disputando a reeleição em uma dessas legendas não é motivada por um governo que vem apresentando resultados e indicativos positivos, de acordo com pesquisas, mas na tentativa de fortalecer chapas proporcionais e eleger o maior número de parlamentares para a próxima legislatura, visando o aumento do fundo partidário.

Os dois partidos que atualmente possuem a maior chance de fisgar o presidente são o PP e o PL, ambos contemplados no Palácio do Planalto com pastas estratégicas. A princípio, Bolsonaro procurava uma sigla onde ele pudesse ter o controle absoluto, mas como não foi possível, pesará na decisão a que oferecer as melhores condições nas próximas eleições.

Combativo – Em defesa do rateio dos precatórios do Fundef para os professores, o deputado federal Fernando Rodolfo (PL) subiu o tom contra o governo Bolsonaro no plenário da Câmara dos Deputados. O parlamentar considerou que a PEC 23 é “eleitoreira e desumana”.

Resultado positivo – O secretário do Trabalho, Emprego e Qualificação, Alberes Lopes, está feliz da vida com os dados divulgados pelo Caged, que trouxe Pernambuco como o estado que mais gerou empregos no Nordeste em setembro. Foram 25.732 novos postos de trabalho.

Novas parcelas – A Câmara de Caruaru analisará um projeto vindo do Poder Executivo, que visa permitir a renegociação do empréstimo do Finisa junto à Caixa Econômica. Apesar da possibilidade do governo municipal contrair R$ 130 milhões, o valor que ficará nos cofres após a renegociação será em torno de R$ 50 milhões, com a primeira parcela já para março de 2022.

Revés – Tinha tudo para ser um simples requerimento, mas o voto de aplauso apresentado pelo vereador Mano do Som (DEM) ao pastor Silas Malafaia acabou causando a maior polêmica durante sessão realizada ontem (26), na Câmara de Caruaru. O que surpreendeu foi a quantidade de abstenções, sendo oito ao todo, contribuindo para a rejeição da matéria.

Problema técnico – Ligado à igreja católica, o vereador Lula Tôrres (PSDB), que esteve presente durante toda a sessão, apresentou um problema técnico no momento da votação à homenagem ao pastor Silas Malafaia. As sessões na Câmara de Caruaru ainda acontecem de forma remota, o que teria impossibilitado o parlamentar de registrar seu posicionamento.

Américo Rodrigo

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