Um levantamento do Metrópoles indica seis deputados federais que escolheram não se vacinar contra a Covid-19. Com previsão de retorno presencial na Câmara Federal, dos 513 parlamentares consultados, 304 (59%) responderam, sendo os seis que afirmaram não estarem imunizados e três que atenderam, mas se negaram a responder. Os nove são apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que sempre criticou as vacinas e disse que não pretende se vacinar.

Esta semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou a suspensão dos trabalhos remotos e a volta das atividades parlamentares presenciais a partir da próxima segunda-feira (25), garantindo a obrigatoriedade de apresentação da carteira de imunização. 

“Serão tomadas todas as medidas administrativas e sanitárias no retorno das atividades, entre elas, a apresentação da carteira de vacinação”, escreveu Lira no Twitter.

A medida gerou críticas da ala radical, como a deputada Bia Kicis, que defendeu os que optam por não se vacinar.

“Presidente Arthur Lira, a vacina não impede o contágio nem a transmissão do vírus. Portanto, essa carteira de vacinação é inócua e fere o direito de quem opta por não se vacinar por não se sentir seguro”, escreveu Kicis.

Dos deputados que se negaram a responder ou afirmaram não terem tomado a vacina, sete são do PSL, partido pelo qual Bolsonaro se elegeu, um do PL, sigla que flerta com o presidente para uma nova filiação, e outro do Podemos.

O levantamento do Metrópoles também realizou a consulta na Casa Alta. Dos 81 senadores, apenas 19 (23%) não responderam. Os demais disseram que estão vacinados com as duas doses.