A ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, defendeu, nesta sexta-feira (08), o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em relação à distribuição gratuita de absorventes para pessoas em situação de vulnerabilidade social.

“Hoje a gente tem que decidir, a prioridade é a vacina ou é o absorvente? As mulheres pobres sempre menstruaram nesse Brasil e a gente não viu nenhum governo se preocupar com isso. E agora o Bolsonaro é o carrasco, porque ele não vai distribuir esse ano”, disse a ministra.

A justificativa para os vetos, segundo Bolsonaro, é de que o projeto não estabeleceu fonte que iria custear a compra dos absorventes. A proposta, de autoria da deputada Marília Arraes (PT) foi aprovada no Congresso no mês passado e, de acordo com texto, previa que o dinheiro viria dos recursos destinados pela União ao Sistema Único de Saúde (SUS) – sendo, no caso das presidiárias, do Fundo Penitenciário Nacional.

Segundo Damares, o governo federal vai distribuir os absorventes “na hora certa”, porque neste momento todo o orçamento do Ministério da Saúde está voltado para o combate à pandemia.

“Nós estávamos construindo, antes da pandemia, um programa dentro do Ministério da Saúde em parceria conosco [Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos]. Por que a gente não entregou? Porque a gente não tem o dinheiro. O dinheiro foi para pandemia! Então, a gente hoje não tem o dinheiro”, finalizou a ministra.