Apesar de o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, torcer por Eduardo Leite nas prévias do PSDB, além de sinalizar sobre uma aliança entre o governador do Rio Grande do Sul com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), que está de malas prontas para o Democrático, a possível união entre os dois partidos para 2022 não influenciaria em Pernambuco. A afirmação foi feita pelo deputado federal e presidente estadual do PSD, André de Paula, ao Blog Cenário.

“Isso é uma sinalização no sentido da responsabilidade de quem defende uma terceira via. Tem de buscar caminhos para convergência que possibilite, lá na frente, que você não tenha uma dispersão dos votos de quem não se identifica com essa polarização”, afirmou André sobre o gesto de Kassab. 

Para a eleição do próximo ano, existe a possibilidade de André de Paula ser candidato ao Senado e de Raquel Lyra, do (PSDB), disputar o Palácio do Campo das Princesas. Ambos também presidem seus partidos a nível estadual, mas, desde 2014, o PSD mantém uma aliança com o PSB em Pernambuco, que se manterá.

“Esse reflexo [de aliança com o PSDB] no estado não existirá, porque aqui nós vamos estar no palanque da Frente Popular em qualquer hipótese”, garantiu o parlamentar.

Apesar do distanciamento com os tucanos no estado, André disse que tem opinião semelhante a de Kassab sobre as previas do PSDB.

“O presidente entende, como eu também, que Eduardo é o novo, que pode gerar convergências, faciliar essas convergências. O mesmo já não ocorre com João Doria, então é uma sinalização de preferência. E, também é uma sinalização de que numa eventual vitória de Eduardo nas prévias, o caminho para construir, para tentar dar unidade a um candidato da terceira via seria facilitado, diferentemente de João Doria”, finalizou.