Atuando contra imunização obrigatória de servidores, Feitosa diz que não vai tomar vacina

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Publicado por Karol Matos
28 de setembro de 2021 às 19h45min
Foto: Américo Rodrigo

O deputado bolsonarista Alberto Feitosa (PSC) tem se mobilizado contra a obrigatoriedade da vacinação para servidores do Estado, eventos e celebrações religiosas com mais de 300 pessoas em Pernambuco. No evento em comemoração aos 1.000 dias de governo Jair Bolsonaro, em Caruaru, em entrevista ao Blog Cenário, Feitosa falou que desaprova as determinações, mas não se coloca contra a vacina.

Eu, assim como o presidente Bolsonaro, assim como o ministro Gilson Machado, nós não somos contra ninguém de livre espontânea vontade se vacinar. Muito pelo contrário! Até porque, o próprio Governo Federal, como o ministro Gilson Machado disse, é quem adquire todas as vacinas que são oferecidas no Brasil. Já chegaram ao Brasil mais de duzentos milhões de doses, e o Governo Federal não é irresponsável para comprar um produto que não fosse funcionar nas pessoas. O que eu sou contra é que nós temos uma Constituição e que essa Constituição, que foi construída há milhares de mãos, com muita discussão, ouvindo as pessoas, defende o direito da liberdade, onde as pessoas possam escolher o direito de ir e vir, entrar nos lugares, que as pessoas possam principalmente escolher o que vão fazer com seus corpos, com sua vida, e também o direito ao trabalho que está previsto no artigo 6º da Constituição. O projeto que ontem foi discutido na Comissão de Constituição e Legislação e Justiça, da Assembleia Legislativa, ele agride frontalmente a esses princípios, por isso que eu votei contra e continuarei votando contra toda e qualquer imposição”, disse o parlamentar.

Especificamente sobre o projeto do governador Paulo Câmara (PSB) que submete servidores não vacinados a sanções, o parlamentar disse que a matéria foi feita para prejudicar os pequenos servidores. Ontem (28), ele foi o único da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça que votou contra a proposta que seguiu para votação no Plenário.

“A lei, inclusive, obriga o servidor público que não se vacinar a responder um processo administrativo para demissão. Eu quero ver se o governador Paulo Câmara vai ter coragem de afastar ou abrir um processo de investigação contra um procurador de Justiça, contra um desembargador, contra um juiz. Quer fazer isso só com os pequenos, quer é oprimir as pessoas, por isso que eu votei contra”, alegou.

Feitosa disse que apresentou um projeto na Alepe para barrar a ação do Governo do Estado. Ele ainda afirmou que não pretende tomar a vacina, porque, segundo seus médicos, está imunizado.

Eu já apresentei ontem, na Alepe, um projeto dizendo que é proibido o Governo fazer isso e vou apresentar amanhã um outro projeto responsabilizando toda e qualquer autoridade pública que obrigar alguém a tomar uma vacina, pelas sequelas da vacina. Eu não tomei a vacina, porque eu tive a infelicidade de ter a doença e a felicidade de sair dela sem sequelas. Eu tenho a certeza, de acordo com os meus médicos que me orientam a não tomar a vacina, porque eu não preciso, que eu estou mais que imunizado, então, não vou tomar”, garantiu.

Karol Matos

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