TCU pede investigação contra presidente da Caixa

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Publicado por Karol Matos
13 de setembro de 2021 às 07h30min
Foto: Antonio Cruz

O Tribunal de Contas da União (TCU) está mirando o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. De acordo com o procurador Lucas Furtado, o comandante da CEF tem utilizado a máquina pública para “promoção pessoal”. O magistrado, então, acionou o bancário e pediu seu afastamento das funções.

Recentemente, Guimarães criou uma gerência para cuidar das agendas de viagens e eventos pelo país. O novo setor também produz e divulga vídeos de Pedro Guimarães. O funcionamento da “Caixa Mais Brasil” custa aos cofres públicos cerca de R$ 330 mil mensais, de acordo com informações reveladas pelo Radar.

“A utilização de recursos públicos para autopromoção de agente público não só atenta contra os princípios da moralidade e da impessoalidade como também é expressamente proibida pela Constituição Federal, segundo a qual ‘a publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos’”, disse o procurador.

Pedro Guimarães tem viajado o Brasil para participar de atos políticos ao lado do Presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No início do mês, ele esteve na motociata realizada entre Santa Cruz do Capibaribe e Caruaru, em Pernambuco. O gestor da Caixa é grande cotado para ser candidato a vice do presidente em 2022. No documento, o procurador ainda fala sobre misturar os interesses públicos dos pessoais.

“Custa crer, em pleno século XXI, que ainda possam ser flagradas verdadeiras práticas patrimonialistas por autoridades e dirigentes que, embora se esforcem para ser vistos como gestores modernos e esclarecidos, insistem em não distinguir os limites entre os interesses do órgão ou instituição que comandam e os seus interesses privados, tratando o patrimônio e recursos públicos como se fossem do seu governante ou dirigente”, alertou.

Karol Matos

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