Pernambuco encerrou sua participação nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 com uma campanha histórica. Este foi o melhor desempenho dos paratletas pernambucanos em uma Paralimpíada. Ao todo, o Estado arrematou quatro ouros, uma prata e dois bronzes, sendo este o maior número de ouros e de medalhas já conquistadas. Anteriormente, a melhor campanha estadual havia sido nos Jogos do Rio, em 2016, com duas medalhas de ouro, duas de prata e duas de bronze.
Só Carolina Santiago, que faz parte do Time PE, trouxe de volta a Pernambuco cinco medalhas paralímpicas (três ouros, uma prata e um bronze). A nadadora recifense foi o fenômeno da competição e, disputando seu primeiro ciclo paralímpico, tornou-se a maior medalhista brasileira em uma edição dos Jogos Paralímpicos.
Além de Carol, nomes já consagrados, como Phelipe Rodrigues, da natação, e Raimundo Nonato, do futebol de 5, não decepcionaram e também trouxeram medalhas: uma de bronze e uma de ouro, respectivamente.
Esta, inclusive, é a terceira medalha dourada consecutiva de Nonato com a Seleção Brasileira de Futebol de 5. O jogador é natural de Orocó, no Sertão do Estado, e marcou o gol que deu a vitória ao Brasil na final contra a Argentina, tornando-se o artilheiro da equipe na competição, com seis gols. Anteriormente, nos Jogos do Rio/2016 e Londres/2012, o pernambucano, que é contemplado pelo Time PE, também garantiu o ponto mais alto do pódio.
“Estou muito satisfeita com os resultados e muito feliz de poder representar tão bem Pernambuco no maior evento paralímpico do mundo. Espero em breve estar de volta para podermos comemorar essa conquista histórica. Agradeço, em especial, ao programa Time PE, do Governo de Pernambuco, que, além do incentivo, possibilitou que eu trouxesse um pedacinho do meu estado para cá”, celebrou Carol Santiago.
Até os paratletas pernambucanos que não subiram no pódio apresentaram um excelente desempenho em Tóquio. É o exemplo de Jeohsah Santos e Leylane Castro, ambos do atletismo. Com apenas 22 anos e já participando da sua segunda Paralimpíada, Jeohsah, que faz parte do Bolsa Atleta PE, encerrou a prova do salto em altura no 4º lugar. O paratleta é natural de Pesqueira, no Agreste. Já Leylane, que brigou por medalha no arremesso de peso, quebrou o recorde das Américas, conquistando a 5ª colocação. A pernambucana também é contemplada pelo programa Time PE.
Os números do alto rendimento não são um mero acaso. Desde a base, os paratletas do Estado vem demonstrando uma crescente nas competições. Para se ter uma ideia, nas Paralimpíadas Escolares, maior competição escolar do segmento no País, Pernambuco saiu de 13 para 33 medalhas nos últimos seis anos.
E tem mais. Na última edição dos Jogos Parapan-Americanos, disputados em 2019, em Lima, no Peru, Pernambuco alcançou a melhor campanha da história, conquistando 21 medalhas (14 de ouro, duas de prata e cinco de bronze). Se for comparar as duas últimas edições da competição, o Estado teve um salto de 10 medalhas a mais conquistadas.
“Essa campanha histórica reforça a importância do apoio e do incentivo que Pernambuco tem dado ao paradesporto. Seja através de benefícios financeiros mensais, passagens aéreas, realização de competições estaduais e nacionais no estado, além de equipe interdisciplinar a disposição dos paratletas. Essas conquistas trazem muita alegria e estimulam muito as novas gerações que vem por aí”, comemorou Diego Pérez, secretário executivo de Esportes de Pernambuco.