Precisamos de esperança

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Publicado por Américo Rodrigo
2 de setembro de 2021 às 16h30min
Foto: Jonas Santos

Por Miguel Coelho*

Mais uma vez Pernambuco ostenta o triste título de campeão do desemprego no Brasil, com uma taxa recorde de 21,6% no segundo trimestre deste ano, segundo dados divulgados essa semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este é o pior resultado do Estado nos últimos nove anos, e a segunda vez seguida que Pernambuco ocupa a liderança do desemprego no país. Só a título de comparação, a taxa de desempregados no Brasil neste mesmo período foi de 14,1%, um índice que já é bastante alto, mas que nem se compara com a alarmante situação de Pernambuco.

Em números absolutos, são 885 mil pernambucanos desempregados, um aumento de quase 16% em relação ao segundo trimestre do ano passado. Ou seja, de lá para cá, foram 118 mil pessoas a mais procurando trabalho sem encontrar. Os dados do IBGE mostram ainda que a informalidade em nosso Estado aumentou, chegando a 51,4% no segundo semestre de 2021. É um contigente de mais de 1,6 milhão de pernambucanos na informalidade, sem carteira assinada.

Esses números são o resultado evidente de uma política fracassada de geração de emprego e renda. Pernambuco atualmente é o Estado no Nordeste que menos atrai investimentos. Se antes estávamos estagnados no crescimento econômico, hoje estamos andando para trás com este modelo de gestão que já se arrasta por 15 anos sem inovações, sem um projeto de futuro que possa trazer de volta o protagonismo que Pernambuco perdeu há muito tempo, quando se acostumou a ser líder de desenvolvimento na Região Nordeste.

Nosso Estado, e sobretudo nossa gente, não merece continuar desse jeito. É preciso urgentemente uma mudança para Pernambuco retomar o crescimento e devolver a autoestima ao nosso povo. Quando assumimos a gestão de Petrolina, em 2017, encontramos o município numa situação bem parecida com o que vemos hoje em Pernambuco. Falta de oportunidades, a cidade estagnada, poucos investimentos e a população sofrendo sem muita perspectiva de melhora. O desejo de mudança se traduziu na escolha por um novo rumo, e em poucos anos conseguimos transformar o cenário, modernizando a gestão e atraindo investimentos que resgataram a força e o crescimento de tempos passados, quando Petrolina tornou-se conhecida como a terra dos impossíveis.

Um bom exemplo disso é a geração de empregos no município. Os dados mais recentes do mês de julho mostram que Petrolina gerou 3.688 novos empregos, a grande maioria no agronegócio, seguido pelo setor de comércio e serviços. O município manteve o segundo lugar no saldo de empregos do Estado com 1.628 vagas, e no acumulado do ano, 5.530 vagas. Este foi o melhor resultado do ano de 2021, superando em quase 60% o melhor resultado anterior, obtido no mês de março.

Em pleno Sertão, Petrolina mostra, portanto, que a transformação é possível, avançando há mais de quatro anos em um movimento de crescimento econômico, geração de empregos e desenvolvimento social. Estamos no mesmo Pernambuco e não há dúvidas que nosso Estado tem toda condição de retomar também seu desenvolvimento. Para isso, precisamos de uma verdadeira mudança de gestão, com novas ideias e um novo modelo de governo que seja capaz de resgatar a altivez do nosso Estado e seu protagonismo no Nordeste, como impulsionador do crescimento da Região.

Temos tudo para devolver a Pernambuco esse lugar de destaque, como um exemplo para o país de desenvolvimento e qualidade de vida. Mas é preciso que todos aqueles que querem um novo Pernambuco unam-se neste mesmo propósito, para que essa mudança, tão necessária, possa realmente acontecer. Só assim, todos unidos, com a força da nossa gente, poderemos fazer nosso Estado voltar a ser uma inspiração para o Brasil; uma terra de oportunidades, crescimento e prosperidade, onde a esperança possa voltar para o nosso povo.

*Miguel Coelho
Prefeito de Petrolina

Américo Rodrigo

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