MPPE pede exoneração do secretário de Saúde de Caruaru

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Publicado por Karol Matos
28 de agosto de 2021 às 14h12min
Foto: SEIC/Divulgação

O Ministério Público de Pernambuco pediu a exoneração do secretário de Saúde de Caruaru, Breno Feitoza. A recomendação foi feita através das promotorias de Saúde e Patrimônio Público, que na última quinta-feira (26) deram um prazo de dez dias para que a prefeita Raquel Lyra (PSDB) informe sobre o acatamento ou não do pedido.

De acordo com o MPPE, Feitoza é servidor efetivo do Estado da Paraíba, exercendo funções respectivas, em regime de plantão, no Hospital de Trauma de Campina Grande, conforme revelado por blogs de notícias e atestado em ofício da Prefeitura de Caruaru e também confirmado pelo próprio Breno em audiência realizada no dia 13 de abril. 

A iniciativa das promotorias se fundamenta no art. 28 da lei nº 8.080/1990, que estabelece que os “cargos e funções de chefia, direção e assessoramento, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), só poderão ser exercidos em regime de tempo integral”.  O pedido também tem como base a manifestação do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco que “veda qualquer hipótese de acumulação remunerada de cargos, empregos e funções públicas, inclusive em autarquias, fundações, empresas públicas, sociedade de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público e ainda que o servidor esteja em gozo de licença sem vencimento, exceto quando houver compatibilidade de horários, a acumulação de dois cargos de professor; de um cargo de professor com outro técnico ou científico; ou de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas”.  

A recomendação conjunta, assinada pelos promotores de Justiça Marcus Alexandre Tieppo Rodrigues (Patrimônio Público) e Geovany de Sá Leite (Saúde), foi publicada no Diário Oficial Eletrônico do MPPE de ontem (27).

Por nota, o município informou que encaminhou a recomendação do Ministério Público de Pernambuco para análise jurídica da Procuradoria do Município.

Karol Matos

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