Vice-prefeito de Alagoinha é investigado em suposta lavagem de dinheiro na Prefeitura

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Publicado por Karol Matos
26 de agosto de 2021 às 12h22min
Foto: Divulgação

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e a Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) realizaram, nesta quinta-feira (26), a Operação Smurf, no Agreste de Pernambuco. A ação teve como alvo a Prefeitura de Alagoinha, empresas e servidores públicos. Até o momento, o prejuízo estimado aos cofres públicos é em torno de R$ 6 milhões.

As buscas aconteceram nas cidades de Alagoinha, Pesqueira e Garanhuns. De acordo com o MPPE, três empresas estão envolvidas nos delitos, além de cinco servidores públicos que estão sendo investigados, entre eles uma tesoureira, um secretário municipal e o vice-prefeito, Maurílio Almeida (PSB), que já foi prefeito de Alagoinha por duas vezes. Três pessoas também foram presas e duas armas de fogo foram apreendidas.

O nome da operação vem do método conhecido como “smurfing”, que consiste na modalidade de lavagem de dinheiro em que o agente criminoso dissemina os recursos de maneira fracionada em diversas contas bancárias, variando dias e locais para difundir os depósitos e dificultar o rastreio.

Segundo o promotor Frederico Magalhães, a investigação, que foi iniciada em 2019, busca colher documentos e equipamentos eletrônicos que possam contribuir com a investigação contra nove alvos distribuídos nos três municípios, sendo a base em Alagoinha.

“A operação está sendo realizada em empresas, residências e prédios públicos visando solidar a investigação e trazer mais subsídios que possam confirmar a hipótese apurada. A investigação ainda está em curso e não descartamos a possibilidade de novas atividades no futuro”, comentou o promotor que coordena a operação.

Foram apreendidos aparelhos celulares dos indivíduos alvo da operação, talões de cheque, notebook, HDs e pendrives, CPU, documentos e dinheiro. Os investigados foram notificados para prestarem esclarecimentos na próxima segunda-feira (30). O não comparecimento dos investigados poderá configurar crime de desobediência.

Karol Matos

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