Dois artesãos caruaruenses se tornam Patrimônios Vivos de Pernambuco

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Publicado por Karol Matos
12 de agosto de 2021 às 16h00min
Foto: Divulgação

O Governo do Estado anunciou seis novos selecionados no concurso anual de Registro de Patrimônios Vivos de Pernambuco. Entre os vencedores estão os artesãos caruaruenses Marliete Rodrigues e Mestre Luiz Antônio, que também foi eleito em dezembro de 2019, por voto popular, Patrimônio Vivo de Caruaru.

Entre os mais de 90 candidatos, também foram selecionados: Maria Jacinta Sampaio da Silva (Mestra de Reisado – Santa Maria da Boa Vista), Velho Xaveco (Pastoril – Recife), Mãe Beth de Oxum (Coco – Olinda) e Caboclinho União 7 Flexas (Goiana).

A votação aconteceu nesta quinta (12), em reunião on-line do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC), vinculado à Secretaria de Cultura. Os escolhidos receberão um diploma com o título de “Patrimônios Vivos de Pernambuco” e bolsa mensal vitalícia no valor de R$ 1.600 (no caso de pessoa física) e R$ 3.200 (para grupo, entidade, agremiação ou associação).

O Registro do Patrimônio Vivo de Pernambuco tem como finalidade o apoio financeiro e a preservação dos processos de criação e divulgação de técnicas, modos de fazer e saberes das culturas tradicional ou popular pernambucanas mediante atividades, ações e projetos desenvolvidos por pessoas físicas ou jurídicas de natureza cultural, sem fins lucrativos, residentes ou domiciliados e com atuação no Estado há mais de 20 anos, contados da data do pedido de inscrição. Até hoje, 75 Patrimônios Vivos de Pernambuco foram registrados. 

Caruaruenses

Mestre Luiz Antônio

Nascido em 1935, no Alto do Moura, em Caruaru, Luiz Antônio da Silva é considerado um dos principais nomes na arte popular brasileira. É discípulo contemporâneo do Mestre Vitalino, dando continuidade ao legado do maior nome do barro do Brasil. Recebeu vários prêmios nacionais e é conhecido por retratar as profissões, além de esculpir automóveis e motocicletas. Para perpetuar o trabalho produzido pelo artista, um museu privado está em construção nos fundos de seu ateliê.

Marliete Rodrigues

A mestre do barro nasceu no Alto do Moura, em Caruaru, quando ainda era uma pequena vila. A brincadeira com a matéria-prima abundante na região rapidamente passou para a produção de peças postas à venda na Feira de Caruaru, já aos seis anos de idade. Aos 57 anos, Marliete Rodrigues tem hoje uma coleção de peças espalhadas pelo mundo e é figura ativa na região, apresentando sua visão sobre seu lugar e seu cotidiano. Seu estilo preza pela expressividade de seus personagens, buscando um realismo sutil.

Karol Matos

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