Coluna da segunda

Na última semana, a revelação feita pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), sobre sua orientação sexual, se tornou um dos assuntos mais comentados da internet e também no meio político. Logo, diversos questionamentos surgiram sobre o que teria motivado o tucano a abrir sua intimidade.

Leite é uma das revelações da nova geração. Iniciou a caminhada política como vereador de Pelotas, onde também assumiu a presidência da Câmara. Logo em seguida foi prefeito da mesma cidade e desde o início de 2019 é o chefe do Palácio Piratini. Recentemente, ele colocou o nome à disposição para disputar a Presidência da República, mas antes, precisa vencer as prévias que vão escolher o candidato do PSDB.

Talvez poucos tenham notado, mas a afirmação feita por Eduardo Leite deu a ele uma visibilidade que não possuía. Não querendo afirmar que a manifestação tenha sido feita com fins eleitorais, porém, é de se estranhar que apenas 5 meses antes de seu partido decidir qual seria o nome com maior probabilidade de sucesso na corrida eleitoral, ele tenha escolhido se abrir durante uma entrevista em rede nacional.

Após a declaração do gestor gaúcho sobre “ser um governador gay, mas não um gay governador” houve quem apoiou, mas também quem disparou críticas, tanto em setores da direita, quanto da esquerda. Desde o ano passado, Leite vem batendo em Bolsonaro, mas apoiou o então candidato à presidência pelo PSL declaradamente homofóbico, durante o 2° turno em 2018.

A confissão pública sobre sua sexualidade colocou Eduardo automaticamente na agenda política de 2022, mas é preciso observar os movimentos. O uso da pauta LGBTQIA+ tem ganhado cada vez mais força nos últimos anos, principalmente dentro dos discursos eleitorais, e essa pode ser a chave para que o governador consiga ganhar a simpatia desse público.

Adversários – Eduardo Leite deve enfrentar nas prévias do PSDB o desgastado governador de São Paulo, João Doria, além do senador Tasso Jereissati e o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, que representam a velha guarda do tucanato. O governador gaúcho tem se fortalecido internamente e é cotado para levar a melhor em novembro.

Reeleição – Sabendo que historicamente o Rio Grande do Sul não tem tradição de reeleger governador, Eduardo Leite (PSDB) vai se projetando para ser uma das alternativas da 3ª via, podendo afetar os planos de Ciro Gomes (PDT). O nome do tucano deve começar a ser testado com mais intensidade nas pesquisas de opinião a partir de agora.

Contemplada – Após reduzir a faixa etária da vacinação para 39 anos, a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), foi vacinada contra a Covid-19 neste domingo (04). Visivelmente emocionada, Raquel recebeu a vacina Janssen, que é de dose única. A gestora que estava acompanhada da sua irmã, fez questão de registrar o momento nas redes sociais.

Agenda – Na última semana, o prefeito de Garanhuns, Sivaldo Albino (PSB), esteve na Capital Federal em busca de recursos para o município. O socialista apresentou reivindicações nos Ministérios da Saúde, Turismo, Cidadania e Desenvolvimento Regional. O gestor garanhuense ainda foi recebido pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.

Recompensa – Quem acompanhou toda a visita de Sivaldo Albino (PSB) à Brasília, foi o deputado federal Felipe Carreras (PSB). Recentemente, o parlamentar garantiu R$ 20 milhões em recursos para Garanhuns e não tem medido esforços para contribuir com o desenvolvimento da Cidade das Flores. Ele deve receber o apoio de Albino em 2022.