Coluna da quarta-feira

Pelo segundo ano consecutivo, a Covid-19 é a grande responsável por tirar o brilho das festividades juninas do Nordeste, região onde acontecem com maior intensidade. Além dos municípios que deixam de faturar milhões com a vinda dos turistas, artistas e autônomos aguardam com ansiedade o período para tirar seu sustento. Eles são os mais prejudicados com as medidas aplicadas e com o cancelamento do evento.

Para minimizar os danos, a classe política tem se mobilizado para buscar soluções. Ainda na semana passada, o governador Paulo Câmara (PSB) anunciou um auxílio para beneficiar mais de 400 artistas e grupos culturais que se apresentaram nos anos de 2018 e 2019, porém, apenas os que foram contratados pela Fundarpe ou Empetur, não contemplando os que são contratados pelos municípios. O investimento será de R$ 3,2 milhões.

A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), também resolveu socorrer os artistas que se apresentaram na Capital do Forró em 2019, através de um benefício emergencial, contemplando também grupos teatrais, quadrilhas juninas, gastronomia, batalhões de bacamarteiros entre outros. Os valores variam de R$ 1 mil a R$ 3 mil. É possível que o governo federal também anuncie algo pelos próximos dias. A ajuda foi sinalizada pelo ministro do Turismo Gilson Machado, em visita ao Agreste pernambucano.

O Poder Legislativo de Caruaru encabeçou uma audiência pública para reforçar a pauta e mais socorros foram anunciados através dos deputados estaduais que participavam do momento. Com isso, essa classe, que durante o restante do ano é tão esquecida, passa a fazer parte do centro do debate. Pelo menos momentaneamente.

Matérias – Os projetos de auxílio enviados pelo Executivo municipal e estadual ainda precisam ser votados pelo Legislativo. Em Caruaru, a Câmara deve analisar a proposta hoje (02) e votar o PL já na sessão desta quinta-feira (03). Na Alepe, o Projeto de Lei deve passar por votação no dia 10 de junho.

Bate-boca – A semana começou quente para os deputados Fernando Rodolfo (PL) e Felipe Carreras (PSB) em uma rede sociais. Os ataques e respostas iniciaram por ações do Governo Federal, passando pela política estadual e envolvendo até o envio de emendas para Garanhuns. 2022 já começou.

Caiu – Três dias após as cenas de violência que ocorreram no Centro do Recife, o comandante da Polícia Militar, Vanildo Maranhão, pediu exoneração do seu cargo. A repressão da PM repercutiu em todo o país e uma posição mais dura vinha sendo cobrada. As investigações sobre a responsabilidade das agressões continuam. Ainda não foi divulgado de onde partiu a autorização.

Mais quedas – Nos bastidores é dada como certa a exoneração de comandantes de batalhões envolvidos na operação do último sábado (29). Há também quem acredite que possa haver reações de policiais militares contra os posicionamentos do governador Paulo Câmara (PSB). Pelo visto, novos episódios podem surgir.

Blindado – Em meio à polêmica envolvendo o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o “Diário Oficial da União” publicou, ontem (1º), em edição extra, a nomeação do general em um novo cargo do Governo Federal. Sua volta só confirma o prestígio que possui junto ao presidente Jair Bolsonaro.