Coluna da segunda-feira
Após uma vitória acachapante em cima dos seus adversários na última eleição, a prefeita Raquel Lyra (PSDB) iniciou a segunda gestão de maneira fria, sendo alvo de muitas críticas e sem conseguir dar uma resposta convincente aos problemas encontrados na cidade, principalmente no quesito educação, que a tucana elegeu para ser a vitrine do seu governo desde o primeiro mandato.
Após um período de quarentena por ter testado positivo para a Covid-19, que coincidiu justamente com a proximidade do aniversário de Caruaru, Raquel planejou um pacote de entregas que foi desde requalificação de escola a entrega de etapa da Via Parque, servindo para espantar as avaliações negativas que a prefeita vinha recebendo da imprensa e da frágil oposição que ameaçou criar asas durante esse período.
Mesmo evitando falar sobre a sucessão do governador Paulo Câmara (PSB) em 2022, será uma tarefa impossível Raquel Lyra fugir do assunto, já que diariamente ela segue sendo cogitada para encarar a disputa estadual, e suas movimentações também rendem o assunto. Na última semana, Raquel recebeu dois deputados estaduais, dois federais e um prefeito, mostrando seu prestígio e força que ultrapassam os limites da Capital do Agreste.
Comando – Com o afastamento do presidente da Câmara de Caruaru, vereador Bruno Lambreta (PSDB), por ter testado positivo para Covid-19, quem assume o comando da Casa da cidade mais importante do interior de Pernambuco é a vereadora Aline Nascimento (Cidadania). A parlamentar de primeiro mandato vem fazendo um trabalho de destaque e vai ganhar mais visibilidade pelos próximos dias.
Primeira dose – O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Eriberto Medeiros (PP), tomou a primeira dose contra a Covid-19 no último sábado (22). O parlamentar foi vacinado na capital pernambucana. Ele tem 55 anos e recebeu o imunizante Pfizer.
Agente do caos – Em mais um ato de irresponsabilidade, o presidente Jair Bolsonaro voltou a causar aglomeração junto aos seus apoiadores. Dessa vez, no Rio de Janeiro, onde participou de um passeio de moto sem máscara. Tudo aconteceu no dia em que o país chegou a 449.068 mortes por Covid-19.
Cúmplice – Poucos dias após depor na CPI da Covid, o ex-ministro Eduardo Pazuello, compareceu ao lado de Bolsonaro na aglomeração do Rio de Janeiro. Sua participação foi vista como uma afronta aos milhares de brasileiros que morreram vítimas da doença. A comissão estuda convocá-lo para uma nova oitiva.
Consequência – A participação de Pazuello em uma manifestação política ao lado de Bolsonaro pode gerar um desfecho nada bom para o ex-ministro da Saúde. O comandante-geral do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, deve enviar o general para a reserva. De acordo com o artigo 45 do Estatuto Militar, oficiais da ativa não podem participar de atos políticos.