Mendonça diz que vai construir 10 mil moradias populares no Recife

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Publicado por Américo Rodrigo
19 de outubro de 2020 às 20h00min
Foto: Guga Matos

Mendonça Filho, candidato a prefeito do Recife pelo DEM, visitou, na manhã desta segunda-feira (19), as obras paradas do que era para ser o conjunto habitacional Vila Brasil I e II, na Ilha Joana Bezerra. “Essas ruínas mostram o descaso que é a gestão do prefeito Geraldo Júlio, que apoia o candidato João Campos, com a habitação popular. Anos se passaram, e pouco avançou. Hoje, na cidade, há quase seis mil famílias recebendo auxílio-moradia de apenas R$ 200, enquanto esperam o sonho da casa própria, que, por causa da má gestão, nunca se realiza. Isso vai acabar”, afirmou.

O democrata se comprometeu a terminar todas as unidades habitacionais prometidas e largadas pela atual Prefeitura e realizar a construção de dez mil unidades habitacionais, em quatro anos. “Vamos zerar essa fila de pessoas tendo de viver precariamente com esses R$ 200 e ainda contemplar muitos outros, como as famílias que vivem hoje em palafitas, debaixo de pontes, viadutos, praças e nas ruas do Recife”, declarou. 

O habitacional Vila Brasil I foi anunciado em 2009 com um investimento estimado em R$ 15 milhões e perspectivas de dar moradia para 448 famílias. Mas não andou. Em 2013, a promessa foi renovada, desta vez já sob a gestão do PSB. Para piorar, em 2014, sem que o Vila Brasil I se transformasse em realidade e já abandonado, aproveitaram para anunciar os procedimentos para a construção do Vila Brasil II, logo ao lado, também com obras paralisadas. 

A gestão de Geraldo Júlio (PSB) deixará para o próximo prefeito mais de 1.500 unidades habitacionais incompletas, a maior parte no Habitacional Encanta Moça I e II (600 unidades), seguidos pelo Vila Brasil II (320), Pilar (256), Conjunto Habitacional Sérgio Loreto (224) e Vila Brasil I (128 unidades não entregues).

O déficit habitacional na cidade é de cerca de 71 mil unidades, de acordo com a Prefeitura do Recife, o que representa, na avaliação de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), cerca de 230 mil habitantes. Ou seja, há um “apagão habitacional” no Recife. Em 2020 o gasto até agosto ficou em R$ 1,35 milhão. Em flagrante contraste ao direito social relegado, a Prefeitura do Recife gastou em publicidade R$ 67,1 milhões em 2019 e R$ 31,4 milhões em 2020.

A habitação popular é um dos eixos mais importantes do programa de governo de Mendonça Filho e de sua vice, a deputada estadual Priscila Krause, ambos da Coligação Recife Acima de Tudo (DEM, PSDB, PTB e PL). Além do compromisso de entregar dez mil unidades habitacionais, em quatro anos, o programa prevê a eliminação completa das palafitas, além da remoção de moradias que estejam em área de risco nos morros. 

Também tem como foco apoiar a regularização fundiária, como a titulação da posse da terra e laje e a urbanização de assentamentos precários. Identificar os imóveis desocupados e subutilizados que podem ser utilizados para programas de habitação de interesse social também está no projeto.

Américo Rodrigo

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