A não ida da candidata à reeleição, Raquel Lyra (PSDB), aos debates e agora também às entrevistas é só mais um capítulo das tantas faltas de diálogo durante o seu governo. O seu vice, Rodrigo Pinheiro (PSDB), também decidiu aderir ao modelo aplicado pela companheira de chapa.
O eleitor quer ver o confronto de ideias entre os opositores. Os questionamentos dos comunicadores da imprensa fazem parte do processo democrático. O favoritismo da dupla não pode ser confundido com desprezo aos veículos de imprensa e à população.
A tucana não aceita ser confrontada e dessa forma escolhe com quem vai conversar. Muitos dos problemas enfrentados pela gestão ao longo dos 4 anos de governo foram justamente por imposições, sem ouvir a população. Os mecanismos de diálogo servem apenas durante a eleição, que é quando funciona o período de caça aos votos.
Raquel acredita que já está eleita, mas esquece o exemplo do seu pai em 2004, quando achou que o pleito estava “no papo”, mas acabou perdendo para Tony Gel (MDB) aos 45” do segundo tempo. Filhos costumam seguir os passos dos pais, e se continuar assim, Raquel pode se tornar espelho do arrogante fracasso herdado de família.