Atenta ao momento delicado que vivem os trabalhadores em educação, especialmente os da rede estadual, a deputada Teresa Leitão (PT) voltou a pedir, na reunião plenária da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), realizada na manhã desta quinta-feira (08), a criação de uma Comissão Setorial para negociar o retorno das aulas.
Teresa apresentou em sua fala que, com um dia de retorno parcial, a Escola Estadual Severino Gouveia de Lima, em Itaquitinga, uma professora e uma funcionária foram contaminadas. Em Timbaúba, na Escola Técnica Miguel Arraes de Alencar, duas professoras testaram positivo. “É necessário parcimônia, calma, atenção e capacidade de diálogo por parte da Secretaria de Educação. Se a gente quiser fazer o retorno, como ele foi planejado, que está bem planejado, os cuidados precisam ser mais efetivos. É preciso um trabalho maior de conscientização, de cuidado, atenção por parte da Secretaria”, pontuou.
Na plenária que aconteceu na quinta-feira passada (1º), Teresa declarou solidariedade ao movimento de greve da categoria e fez um apelo para que a situação fosse resolvida em negociação com a Secretaria Estadual de Educação. Entretanto, o impasse segue na Justiça (até o início da tarde desta quinta-feira, 8), com vitória dos trabalhadores e sem o retorno das aulas presenciais.
“Enquanto o secretário discutia com a representação do Sintepe (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco) se comprometendo a levar o pleito de constituição de uma comissão setorial para ser avaliado pelo governo, o mesmo governo do qual o secretário faz parte, botava uma ação na Justiça para suspender a greve que já estava decretada”, lembrou Teresa. O Sintepe respondeu a ação do governo com outra pedindo a suspensão das atividades presenciais e houve tréplica do Estado.
“Todo mundo sabe da importância desse retorno das aulas presenciais. O secretário fez uma carta apelativa romantizando o direito à educação – ai que bom se esse direito fosse plenamente observado! Querendo jogar no colo dos professores a responsabilidade por não haver aulas presenciais. Esses mesmos professores que estão se desdobrando para assegurar, a grande maioria com recursos próprios, as aulas remotas”, disse.
Reforçando seu apelo ao governo do Estado e à Secretaria de Educação, Teresa também prestou solidariedade irrestrita aos trabalhadores em educação.
“A mesa de negociação deveria ser o espaço para que esse impasse fosse resolvido. O Sintepe está ganhando na Justiça. O Governo vai entrar com outra ação, ficar nesse ping pong e a gente não resolve criar uma comissão setorial? Já poderíamos estar discutindo, inclusive, organização curricular, como vai ficar o ano letivo 2020/2021, mas fica nessa quebra de braço”, protestou.