Com uma trajetória marcada por sua liderança estadual e nacional pelos cargos que já ocupou, o ex-senador Armando Monteiro (PTB) tem procurado se manter distante das holofotes.
Filho e neto de políticos, ele foi deputado federal por três vezes e também presidiu a Confederação Nacional da Indústria (CNI) por oito anos. Armando sempre procurou adotar uma postura tradicional, o que acabou fazendo o político não acompanhar as novas gerações que foram surgindo ao longo do anos.
Acabou sobrando para o ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior no segundo governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), uma aliança com os ex-deputados Bruno Araújo (PSDB) e Mendonça Filho (DEM), após assistir a cúpula petista fritar a forte pré-candidatura de Marília Arraes (PT) e em seguida embarcar de cabeça no projeto liderado pelo governador Paulo Câmara (PSB).
O empresário conseguiu por duas vezes unir a oposição em torno do seu nome, mas acabou sendo derrotado nas urnas e viu o seu partido aos poucos encolher no Estado.
Ainda no final do ano passado, Armando ensaiou dar o tom na estratégia do seu grupo, afirmando que seria mais prudente primeiro discutir um projeto para a capital pernambucana e em seguida apresentar o nome, mas logo desapareceu.
Chegado o ano das eleições municipais, a oposição no Recife tem encontrado dificuldade em achar um candidato para representar o conjunto político. Já Armando, após o último fracasso eleitoral, parece que decidiu pendurar as chuteiras e colocar de vez um ponto final na sua carreira política.