Mendonça acusa Geraldo de comprar respirador em fase de teste em porco

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Publicado por Américo Rodrigo
27 de maio de 2020 às 07h37min
Foto: Divulgação

O ex-ministro Mendonça Filho (DEM) cobrou do prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), explicações para a compra de 500 respiradores pulmonares, sem homologação da Anvisa, sem ter sido testados em humanos e ainda em fase experimental em porcos. A informação de que o respirador pulmonar BR 2000 da BIOEX, modelo adquirido pela Prefeitura do Recife, estava sendo testado em porco numa cirurgia experimental está num vídeo postado na página do Facebook do marido de Juvanete Barreto Freire, a dona da empresa veterinária que vendeu os equipamentos para a PCR. 

“O prefeito Geraldo Júlio acha mesmo que equipamentos experimentais, sem registro na Anvisa, nunca testados em seres humanos, e em fase de teste em porcos, sejam adequados a pacientes da Covid-19?”, questiona. Mendonça ressalta que o contrato entre a Prefeitura e a empresa Juvanete Barreto Freire foi assinado dia 30 de março e o teste clínico num suíno foi feito no dia 04 de maio, mais de um mês depois do contrato.

Mendonça denunciou, na semana passada, nas suas redes sociais a suspeita de irregularidades nas duas dispensas de licitação para comprar 500 respiradores pulmonares, por mais de R$ 11 milhões, a uma empresa veterinária, que tem como principal atividade o comércio varejista de animais vivos e de artigos para animais de estimação. E protocolou denúncia junto ao Ministério Público Federal, ao Tribunal de Contas da União, a Controladoria Geral da União, ao Ministério Público Estadual e ao TCE pedindo investigação deste contrato.

Segundo ele, essa compra despertou estranheza pelo perfil da empresa – capital social muito pequeno de apenas R$ 50 mil, criada há sete meses e o comércio de produto veterinário como atividade principal – e o gritante desencontro de informações nos sites da Prefeitura do Recife, como valores diferentes, contratos com páginas faltando. Mendonça alertou que dispensa de licitação é para dar rapidez ao processo diante da pandemia e não para causar mais danos à população.

Américo Rodrigo

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