Pelo visto, a falta de comunicação dentro do Palácio do Planalto continua sendo um dos maiores problemas dentro do governo Bolsonaro (sem partido). Informado pela imprensa, durante entrevista coletiva, o ministro da Saúde Nelson Teich acabou sendo pego de surpresa com o novo decreto assinado nesta segunda (11).
O documento estabelece como serviços essenciais academias, barbearias e salões de beleza. Visivelmente perdido, Teich afirmou não ter sido consultado sobre as decisões, que inclusive já estão publicadas no Diário Oficial da União (DOU). “Não é atribuição nossa, isso aí é decisão do presidente. O Ministério da Economia é quem decide isso”, disse.
Apesar do decreto presidencial, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) determina que cada estado tem autonomia para regulamentar as medidas relacionadas ao isolamento social. Na semana passada, o presidente já tinha incluído a indústria e construção civil como serviços essenciais. Outras 50 atividades também foram adicionadas à lista.
Com esse movimento, Bolsonaro joga pra plateia. O objetivo dele é se eximir da responsabilidade do fechamento do comércio, criando mais tensão entre os seus apoiadores que pedem a reabertura, e os governadores que mantém as decisões.