O dia de incertezas sobre a possível saída do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, do comando da pasta, terminou em um pronunciamento do médico garantindo que permanece no governo.
Ainda na semana passada, o instituto Datafolha mediu o desempenho do Ministério da Saúde e de Bolsonaro no enfrentamento à Covid-19. O trabalho realizado por Mandetta foi aprovado por 76% dos entrevistados; já Bolsonaro teve apenas 33% de aprovação, segundo a pesquisa.
No fim de semana, durante algumas lives feitas por artistas nacionais para apoiar o isolamento social, foi veiculada uma mensagem do ministro para a população, que não parece ter sido combinada com o Planalto, e pode ter minado ainda mais o relacionamento entre o médico e Bolsonaro, que há certo tempo já não vêm falando a mesma língua.
Através de um vídeo publicado neste domingo (05), o presidente gerou mais uma polêmica em uma de suas declarações. Sem citar Mandetta, Bolsonaro ameaçou demitir integrantes do governo que segundo ele, viraram estrelas. “Não tenho medo de usar a caneta”, disse.
Após o suposto vazamento da possível demissão, o ministro participou de uma reunião a portas fechadas com o presidente e em seguida, convocou uma entrevista coletiva. Visivelmente abatido, Mandetta não fez questão de esconder o clima ruim dentro do governo. Mesmo usando um tom de despedida, o ministro afirmou que “médico não abandona paciente”, assegurando que continua no cargo.