Marca das festas de São João e um dos ritmos musicais mais tradicionais da região, o forró está prestes a ser eternizado como um patrimônio do estado. A Assembleia Legislativa de Pernambuco aprovou, por unanimidade, o Projeto de Resolução 486/2019, do deputado estadual Wanderson Florêncio (PSC), que indica o forró para obtenção do registro de Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco. O projeto segue para análise do Conselho Estadual de Patrimônio Cultural e da Fundação de Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).
“O forró é muito mais do que um ritmo musical, é uma expressão cultural do nosso povo, um estilo de vida enraizado na nossa terra, fazendo parte das nossas tradições. Essa aprovação é mais uma forma de preservar a nossa cultura e dar visibilidade aos profissionais desse segmento. É uma honra fazer essa indicação e ser uma voz ativa da cultura pernambucana”, afirmou Wanderson Florêncio.
Uma das referências do forró pernambucano, Santanna o Cantador comemorou a iniciativa, ressaltando que o projeto dar visibilidade para o trabalho não só dos artistas e músicos, mas todos os profissionais da cadeia produtiva. “É um projeto que fortalece o forró, um segmento que envolve todas as classes sociais, os mais variados trabalhadores. Fico muito satisfeito em saber que Pernambuco está valorizando a nossa cultura”, disse.
Atualmente tramita no Instituto do Patrimônio Histórico e Arístico Nacional (Iphan) um projeto que registra o forró como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, um processo que começou em 2011 e pode ser concluído até 2022. Artistas e profissionais da área tem debatido o segmento em busca de valorização. A coordenadora do movimento é a paraibana Joana Alves, que têm realizado fóruns de discussão nos estados brasileiros.