Caso Marília Arraes (PT) realmente dispute a Prefeitura do Recife, ela continuará sendo o ponto chave dessas eleições. O eleitor recifense ainda não aceitou a maneira truculenta com que ela foi impedida de disputar o Governo do Estado em 2018. Caso vire prefeita, isso seria bom para o partido como um todo, porque além de projetar o senador Humberto Costa (PT) para disputar o Palácio do Campo das Princesas em 2022, o presidente do IPA, Odacy Amorim, assumiria o mandato de deputado federal, já que ele ocupa a primeira suplência.

A parlamentar conta com uma aliada de peso que tem feito toda a diferença nesse processo, a presidente nacional da sigla, Gleisi Hoffman, diferencial que poucos observadores da política têm notado. No último encontro, ela fez questão de reafirmar publicamente apoio a Marília, juntamente ao ex-presidente Lula.

Apesar de o calendário eleitoral do partido atrapalhar a pré-campanha, Marília vai iniciar uma maratona de agendas por toda a capital pernambucana, o que lhe dará mais visibilidade neste processo e claro, que com o PT unido, as chances de que ela chegue ao segundo turno são reais. Um palaciano afirmou, em reserva, que a cúpula socialista já trabalha com Marília no jogo eleitoral e que a entrega dos cargos é questão de tempo. A imagem do ex-presidente Lula foi determinante para a vitória de Paulo Câmara (PSB) e fará a diferença para a petista.