Governo participa de debate sobre situação das crianças imigrantes em Pernambuco

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Publicado por Américo Rodrigo
20 de novembro de 2019 às 17h15min
Foto: Marcelo Vidal

Diante do aumento do número de refugiados em Pernambuco, o secretário executivo de Assistência Social do Estado, Joelson Rodrigues, se reuniu com representantes da organização não governamental Visão Mundial, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Cáritas e Unicef para debater a situação das crianças e adolescentes refugiadas no Estado. O encontro aconteceu nesta quarta-feira (20), durante o Colóquio Infância Migrante: Direito não tem fronteira!. 

O evento, que marca os 30 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança, foi promovido com o objetivo de construir uma agenda de trabalho para promoção e defesa da infância migrante em Pernambuco. Durante sua fala, o secretário executivo destacou a importância da intersetorialidade na execução das políticas públicas para atenção à infância migrante no Estado. 

Atualmente, Pernambuco acolhe 288 venezuelanos que vieram através do processo de interiorização, que iniciou em julho de 2018. Desse número, 115 são crianças e adolescentes. Os imigrantes vivem em residências geridas pela AMAI, em Carpina, Aldeias Infantis, em Igarassu, e Cáritas, no Recife. A partir da instalação dos imigrantes, o Governo do Estado, junto às prefeituras das cidades que acolheram os grupos, identificou as principais necessidades e articulou ações básicas, como atendimento de saúde, inclusão em escolas para as crianças em idade escolar e as estratégias de qualificação profissional e inserção no mercado de trabalho para os adultos. 

Segundo o relatório “Refúgio em Números”, em 2018 o Brasil reconheceu 1.086 refugiados de diversas nacionalidades. Com isso, o país atinge a marca de 11.231 pessoas reconhecidas como refugiadas no território brasileiro. Autoridades locais junto às agências humanitárias estimam que 1,5 mil venezuelanos estão em situação de rua na capital da Boa Vista, na região Norte, entre eles, quase 500 têm menos de 18 anos de idade. Desse total, os sírios representam 36% da população refugiada com registro ativo no Brasil, seguidos dos congoleses, com 15%, e angolanos, com 9%.

Américo Rodrigo

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