É comum políticos de nossa cidade usarem a expressão “a feira é o pulmão econômico da cidade”. Mas como cuidamos mal desse órgão tão importante para geração de emprego e renda. Na última segunda-feira (06), mais um incêndio atingiu o chamado setor da Brasilit, que sofre com a total falta de infraestrutura. São bancos de madeira em meio a um emaranhado de fios, combinação perfeita para esse tipo de situação. Isso sem contar a falta de condições no local para conter esse tipo de incidente. 

A cada eleição o tema feira esquenta os debates políticos. A atual gestão prometeu fazer a transferência, mas não disse como. O fato é que falta planejamento a curto, médio e longo prazo para solucionar os problemas que assolam a feira. Fica muito no campo da especulação e do discurso político eleitoral. Com isso vamos perdendo espaço para outros centros comerciais. 

O que há de concreto sobre o tema é a aquisição de um terreno que custou caro aos cofres públicos, mas que até agora não foi dado nenhum prosseguimento ao plano de transferência. Aí a gente para e pergunta por quê? Muita vezes as disputas políticas e econômicas adquirem um caráter irresponsável com a cidade. Leva a falta de continuidade de projetos importantes, muitas vezes por pura vaidade e “picuinha” política. 

Toda semana a Prefeitura arrecada do feirante pelo uso do solo. Para onde vai esse recurso? Por que ele não é revertido para melhoria da feira? Um simples banheiro a gestão tem dificuldade em concluir. Em visita à feira os comerciantes foram categóricos em colocar que há uma queda nas vendas e que nossa feira agoniza. 

É urgente a necessidade de se debruçar sobre o tema e encontrar solução que sejam dialogas e construídas com os feirantes. O patrimônio econômico e cultural de nosso cidade pode ser negligenciado dessa forma.  

Daniel Finizola

Professor e vereador em Caruaru