O enfermeiro, ativista nas causas da saúde, e deputado estadual Gilmar Júnior (PV), integra a recém-criada Frente de Saúde Mental da Assembleia Legislativa de Pernambuco. O objetivo do colegiado de parlamentares é fortalecer e ampliar os debates sobre o tema e sobre a política de assistência manicomial, questões relacionadas à internação de pacientes.
Exímio defensor de uma assistência multiprofissional em saúde mental, o deputado integra a ala daqueles que defendem a reforma psiquiátrica, critica o modelo hospitalocêntrico, defende o fortalecimento da rede extra-hospitalar e a participação de usuários e familiares nas discussões de políticas no segmento.
“É imperioso o envolvimento do poder público nos processos de saúde mental. E nossa posição na frente vai garantir uma luta constante pelo acolhimento aos portadores de transtornos mentais e de ansiedade, redesenhando a qualidade dos serviços que temos no estado. É preciso desenvolver as AMENT (equipes multiprofissionais de atenção especializada em saúde mental) e, sobretudo, investir na prevenção de uma população com fortes indícios de adoecimento mental, especialmente, no mundo pós-pandêmico”, afirmou o deputado.
Gilmar Júnior, por ser enfermeiro, entende que políticas eficazes de saúde mental, incluem: redução de leitos, avaliação constante de serviços psiquiátricos, investimentos em residências terapêuticas e CAPS, desospitalização, fortalecimento de redes, inclusão social, extinção de estigmas e garantia de centros de convivência e cultura.
“Minhas contribuições serão sempre técnicas e baseadas em evidências científicas. A enfermagem tem um importante construto em saúde mental, que precisa ser utilizado. Vou trabalhar para que o empirismo não seja utilizado na frente e para evitar tentativas de fortalecer modelos fracassados que, por tanto tempo, colocaram esses pacientes em situação de violência extrema e constante. Nossa população está adoecida e precisamos cuidar dela. Vamos discutir redução de danos, sim; fortalecimento da saúde mental na atenção primária, sim; política de álcool e drogas, sem o viés religioso. Certamente, discutirei o tema, com a importância, urgência e seriedade que ele merece”, concluiu.