O prefeito de Arcoverde emitiu um duro posicionamento rebatendo as colocações do então vice-prefeito, Delegado Israel, que entregou a carta de renúncia na última quinta-feira (19). No texto enviado ao presidente da Câmara Municipal, Israel cita que passou por um “encurralamento político” por parte do grupo do prefeito Wellington Maciel (MDB).
Por nota, a gestão municipal disse que o vice-prefeito usa “fatos inverídicos” para argumentar sua renúncia, “numa tentativa de promover um cenário de instabilidade institucional”. O texto ainda diz que a saída de Israel foi “um ato intempestivo, prematuro e francamente precipitado”, com base no posicionamento político dele próprio.
Confira a íntegra:
A Prefeitura de Arcoverde vem, por meio da presente nota, pronunciar-se acerca da efetivação do pedido de renúncia, feito pelo vice-prefeito Israel Rubis, ao seu mandato, por meio de carta enviada ao Poder Legislativo municipal.
Como já dito anteriormente, o ato de renúncia ao mandato de vice-prefeito, trata-se uma decisão de foro íntimo, com amparo e previsão legal, mas que em nada afeta a governança do município e a execução do planejamento estratégico e das ações do governo, uma vez que, o prefeito municipal, a quem cabe liderar a gestão e prática de atos comuns à função, exerce plenamente as suas funções, honrando o compromisso assumido com os arcoverdenses, referendado pelo resultado das urnas, em 15 de novembro de 2020.
Entretanto, a renúncia do vice-prefeito ocorre de maneira incomum, em tais circunstâncias alegadas como motivações para tal decisão. Levanta fatos inverídicos, por meio de ilações, sugestionando acontecimentos jamais ocorridos, numa tentativa de promover um cenário de instabilidade institucional, que em nada contribui para o município e para a nossa população.
Reitera-se que, em tempo algum, foi cerceada ao vice-prefeito, qualquer possibilidade de exercer a sua função, o trabalho que o cargo compete, ou mesmo a prestação de qualquer colaboração com a gestão, dentro das atribuições do cargo a que foi eleito. Jamais lhe foi obstruída a presença nas discussões, ou a possibilidade de contribuir com o desenvolvimento de ações e programas da gestão municipal. Muito pelo contrário.
Ainda nos primeiros momentos da atual gestão, o prefeito Wellington Maciel, num ato de absoluta confiança, nomeou o então vice-prefeito como secretário de uma das pastas mais estratégicas da gestão, a de Serviços Públicos e Meio Ambiente, com a devida autonomia e estrutura para exercer sua função. Durante o período em que exerceu a titularidade da pasta, o vice-prefeito teve as devidas condições para executar o seu cronograma de trabalho, obviamente, observando a conformidade com as diretrizes de planejamento da gestão em curso. Entretanto, o desalinhamento com o referido planejamento, diga-se de passagem, embasado pelo plano de governo pactuado com a população, colocou a atuação do vice-prefeito na Secretaria, na contramão da linha de governo em curso, e em muitos momentos, do interesse coletivo da população arcoverdense.
Assim, não se sustenta a narrativa colocada, de que haveria impedimentos à sua colaboração com a gestão e com o município, tampouco esvaziamento das suas funções. Trata-se única e exclusivamente da sua vontade pessoal e do seu posicionamento político, ou seja, uma decisão única e exclusiva do vice-prefeito, baseada em seu próprio entendimento, que diante do exposto, não encontra base nos fatos, focado na construção de uma narrativa, que em nada interessa à coletividade, a não ser uma tentativa de construir um argumento crível, para um ato intempestivo, prematuro e francamente precipitado.
Ressaltamos mais uma vez que, a decisão do vice-prefeito em renunciar, não compromete a continuidade do governo, tampouco das ações da gestão em curso, que seguem normalmente e em ritmo acelerado, sob a liderança do Prefeito Wellington Maciel, com transparência, responsabilidade com município e trabalho contínuo, em respeito aos arcoverdenses. É compromisso permanente do gestor e da gestão, assegurar a estabilidade institucional e devida prestação dos serviços públicos, acima de divergências políticas, primando de maneira efetiva, pelo bem estar da população.