A 20 dias da posse do novo governo, o Tribunal Superior Eleitoral realizou a diplomação do presidente e vice eleitos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB). Mesmo com a tensão relacionada ao grande esquema de segurança montado para o momento do evento, tudo ocorreu com normalidade até certo ponto.
Após a cerimônia, houve a prisão de um indígena bolsonarista que fez diversos ataques à democracia, com invasões e pedidos que apoiadores do presidente fossem armados a Brasília para impedir a posse de Lula.
Com isso, manifestantes instalaram um verdadeiro clima de guerra, tentando invadir a sede da Polícia Federal em Brasília e se aproximar do hotel onde o presidente diplomado estava. Eles também depredaram e incendiaram carros e ônibus. Pelas redes sociais, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP) repudiou as manifestações que começaram por volta das 20h.
“As manifestações fazem parte da democracia. A capital federal recebeu cidadãos de todo o Brasil que, há mais de um mês, vem se expressando de maneira ordeira. Repudio veementemente a desordem, a violência e o risco à integridade física ou de patrimônio público e privado. Deixo meu apelo para o Governo do Distrito Federal redobrar os cuidados com a segurança. Nossa tradição democrática passa pela ordem e pela paz”, escreveu Lira.
Já o presidente do Senado disse que os atos de vandalismo acirram ainda mais o cenário de intolerância.
“Absurdos os atos de vandalismo registrados nesta noite, em Brasília, feitos por uma minoria raivosa. A depredação de bens públicos e privados, assim como o bloqueio de vias, só servem para acirrar o cenário de intolerância que impregnou parte da campanha eleitoral que se encerrou. As forças públicas de segurança devem agir para reprimir a violência injustificada com intuito de restabelecer a ordem e a tranquilidade de que todos nós precisamos para levar o país adiante”, condenou Rodrigo Pacheco.
Enquanto o caos estava instaurado, o ministro da Justiça do Governo Bolsonaro, Anderson Torres, jantava num restaurante de Brasília.
Apenas 3 horas após o início dos protestos golpistas, Torres se pronunciou pelo twitter afirmando que tudo seria apurado, mas, até o momento, não foram confirmadas prisões dos manifestantes bolsonaristas que foram responsáveis pelos atos de vandalismo. Já o presidente Jair Bolsonaro (PL) segue em silêncio.
Ainda na noite de ontem (12), o futuro ministro da Justiça do governo Lula, Flávio Dino (PSB), convocar uma coletiva de imprensa para garantir que o presidente eleito estava em “absoluta segurança” e tomará posse em 1° de janeiro de 2023.