O deputado Túlio Gadêlha (Rede) se destacou ontem (4) na atuação em defesa do PL 2564/2020 que estabelece o piso salarial dos profissionais da enfermagem no Brasil, em Brasília. A Câmara dos Deputados, além de realizar uma sessão solene em homenagem à categoria, pautou o PL, após mais de 20 anos de luta, e aprovou o projeto por unanimidade 449 votos a favor e 12 contra. O parlamentar orientou todos os votos em favor da categoria pela Rede Sustentabilidade atual partido do ex-pedetista.
Gadêlha foi um dos responsáveis pela apresentação do requerimento de urgência do PL2564/2020 e, durante o mês de fevereiro e março, protagonizou diálogos junto ao presidente da casa, Arthur Lira, além de conseguir as assinaturas necessárias para que o projeto fosse ao plenário em regime de urgência.
Em sua fala no plenário, o deputado falou da importância da aprovação do texto. “Este é um projeto de lei necessário para a saúde pública do Brasil. É um projeto que repara anos de injustiça com a enfermagem do Brasil. Principalmente após serem aplaudidos como os “heróis da saúde” na pandemia da Covid-19. Enfermagem não quer só aplausos, quer salário digno”, ressaltou Gadêlha.
Após partidos da base bolsonarista defenderem a pauta como uma vitória do governo Bolsonaro, Túlio Gadêlha rebateu com veemência a incoerência deste discurso, já que foi um dos grandes articuladores em prol do PL. “Alguns parlamentares estão tentando atribuir a luta da enfermagem e a aprovação do PL 2564 a uma grande vitória do governo Bolsonaro, e isso é uma grande mentira. Quando Bolsonaro foi interpelado por enfermeiras, ele disse que não assumiria compromisso nenhum e que isso pesaria no orçamento. Essa é uma luta da enfermagem, de uma categoria que se uniu, se mobilizou por 20 anos e uma vitória do parlamento brasileiro junto a essa categoria”, retrucou o parlamentar em uma de suas orientações no plenário.
Com a aprovação na Câmara, o texto segue agora para sanção presidencial. Bolsonaro, por sua vez, em uma de suas falas no cercadinho, já alegou que a sanção esta condicionada uma fonte específica para custear a despesa. Com isso, Gadêlha já assegurou que seguirá na articulação com a categoria para continuar pressionando na Câmara dos Deputados, já que o líder do governo, Ricardo Barros, em seus discursos alegou que o projeto não atende à lei de responsabilidade fiscal e não pode ser sancionado.