O Governo Federal realizou nesta terça-feira (15), uma coletiva de imprensa para apresentar as mudanças no programa Casa Verde e Amarela. A cerimônia aconteceu em Brasília, com a presença do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Atendendo a um pedido do setor de construção civil, a principal mudança foi o aumento no valor máximo dos imóveis financiados pelo programa. Isso porque, segundo as construtoras, os custos não estavam mais alinhados com a alta dos materiais, fazendo com que muitas empresas precisassem cancelar os contratos.
Em municípios que têm de 50 mil a 100 mil habitantes, o aumento do limite será de 15%. Entre 20 mil e 50 mil habitantes, de 10%. Já nos municípios com população menor que 20 mil habitantes, não houve alteração. As demais cidades – incluindo as capitais e respectivas regiões metropolitanas – terão aumento de 10%.
Também houve mudança na taxa de juros com a unificação para todas as famílias com renda até R$ 2 mil. Nas regiões Norte e Nordeste, a taxa será de 4,25% ao ano, para cotistas do FGTS, e 4,75% ao ano para quem não é cotista. Já no Sul, Sudeste e Centro-Oeste o percentual de juros será de 4,5% ao ano para cotistas do FGTS, e 5% ao ano para quem não é cotista.
Além disso, houve redução temporária, até o fim de 2022, de 0,5 ponto percentual na taxa para famílias com renda mensal entre R$ 4 mil e R$ 7 mil.
Também foi anunciada uma parceria entre o Governo Federal e dez estados para iniciar a parceria com contrapartida de 20% no valor do imóvel ou terreno, feita por estados e municípios, que vai reduzir o valor do financiamento. Com isso, o subsídio pode chegar até 40% do valor de compra e venda. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, foram fechados acordos com Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Roraima, Bahia, Ceará, Pernambuco e Alagoas.
As mudanças devem entrar em vigor em cerca de 60 dias, exceto as alterações usando o desconto do FGTS, que só passarão a valer a partir de 2022.