Coluna da quarta
Aliados no passado, tudo caminha para que em 2022 PT e PDT estejam novamente em palanques opostos. Isso não quer dizer que eles sejam inimigos, mas que defendem projetos e interesses diferentes. Mesmo com os ataques de Ciro a Lula, caciques dos dois partidos nutrem uma boa relação, tanto é que o líder do PDT na Câmara Federal, Wolney Queiroz, foi até o hotel onde o ex-presidente estava hospedado no Recife.
De acordo com o próprio Wolney, sua ida até Lula foi para levar a mensagem do presidente nacional do PDT e ex-ministro, Carlos Lupi, de que os dois partidos estarão juntos no segundo turno, independente de quem chegar lá. A postura é bem diferente da de 2018, quando os pedetistas anunciaram um ‘apoio crítico’ a Fernando Haddad (PT), que acabou sendo derrotado por Jair Bolsonaro naquele ano.
Nos governos petistas, Wolney articulou bastante recursos junto ao Governo Federal e direcionou para Caruaru, quando seu pai, o deputado estadual José Queiroz (PDT), esteve à frente do Palácio Jaime Nejaim. A imagem de Lula também foi um dos pontos altos da campanha de reeleição do ex-prefeito da Capital do Agreste em 2012. Além de outros elementos, o movimento serve para que as portas não sejam fechadas, caso Lula retorne ao Planalto.
Placar apertado – Com 225 votos a favor e 222 contra, a Câmara dos Deputados aprovou o recurso contra o projeto do Poder Executivo, que reajusta o piso salarial nacional dos professores de acordo com o índice de inflação, em vez de ser calculado pelo aumento dos recursos do Fundeb. Dessa forma, o projeto não vai para a sanção presidencial e deve ser analisado pelo plenário da Casa
População imunizada – Mais de 50 milhões de pessoas já tomaram as duas doses ou a vacina de dose única contra a Covid-19 no Brasil, o que representa 31,9% da população acima de 18 anos de idade com a imunização completa contra a doença. Os dados foram informados pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (17).
Conflito – Durante audiência pública realizada ontem (17), na Câmara dos Deputados, o ministro da Defesa, Braga Netto, prestou esclarecimentos sobre nota assinada por ele e comandantes militares. O texto foi um repúdio a declarações do senador Omar Aziz (PSD). A resposta ao parlamentar foi interpretada como uma tentativa de intimidação ao Congresso e gerou reação.
Movimentação – Após a prefeita Raquel Lyra (PSDB) avançar nas articulações políticas, o prefeito Miguel Coelho (MDB) voltou a intensificar sua agenda de reuniões com lideranças de outras regiões. Mas a maior dor de cabeça do gestor sertanejo continua sendo não ter um partido para disputar a sucessão estadual.
Reservado – Dos políticos pernambucanos que foram até o ex-presidente Lula na sua passagem pelo Recife, o deputado federal, Raul Henry (MDB), foi o que manteve maior discrição sobre o encontro. Diferente dos demais integrantes da Frente Popular, não foi vista nenhuma foto do emedebista ao lado do petista.