O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT) protocolou, junto ao Governo de Pernambuco, ofício solicitando a inclusão dos profissionais de educação na primeira fase de imunização contra a Covid-19 no Estado. O pedido do parlamentar baseou-se na recomendação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que chamou a atenção dos governantes para a priorização dos professores e professoras no processo de vacinação contra à Covid-19, considerando-os também “linha de frente” no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.
“A medida é fundamental para garantir o compromisso com a educação pública, com a saúde dos educadores, alunos, bem como seus familiares, numa consequente cadeia de proteção à coletividade”, argumentou, acrescentando que é urgente o atendimento à solicitação por parte do governador Paulo Câmara.
O assunto foi debatido em live promovida pelo parlamentar na última semana, que teve a participação do reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Alfredo Gomes, da vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), Ivete Caetano, do professor Heleno Araújo, membro da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), além do deputado federal Idilvan Alencar (PDT).
A iniciativa do deputado tem o objetivo de reforçar a campanha nacional pela inclusão de profissionais da Educação na primeira fase do plano de vacinação contra a Covid-19. Além de trazer o debate para o âmbito estadual, Gadêlha também aproveitou o momento para denunciar a desigualdade tecnológica do Brasil como um dos principais agravantes da desigualdade educacional neste período de pandemia. “Negar a vacinação imediata da categoria é negar o direito à educação para centenas de estudantes pobres, principais prejudicados com o isolamento e as aulas online”, pontua.
Em Pernambuco já foram vacinados 51.118, sendo 41.358 trabalhadores da saúde; 6.521 indígenas aldeados; 3.131 idosos institucionalizados e 108 pessoas com deficiência institucionalizadas. Em contrapartida, são mais de 93,6 mil professores pernambucanos. “Não há dúvida ou contestação sobre a prioridade dessas pessoas na primeira fase da vacinação”, explica o pedetista.
Para ele, deve ser observado que a inclusão nessa etapa dos trabalhadores em educação, em sua maioria mulheres, garante o acesso ao aprendizado e protege a vida de alunos e professores.