“Acompanho Jarbas desde 1985. Devo a ele muito da minha formação política. Nos últimos 35 anos, tive o privilégio de testemunhar sua história nas vitórias, mas também nas nossas derrotas. Diante de tantos registros, é difícil, para mim, definir uma figura da sua grandeza em poucas linhas. Vejo, no entanto, alguns traços de destaque na sua personalidade e na sua trajetória de vida.
O primeiro deles é a coragem. Ao entrar na militância política, Jarbas enfrentou a ditadura militar no seu momento mais sombrio, o início dos anos 1970. Ali não havia luz no fim do túnel. A luta de resistência pela democracia poderia ser punida com a prisão, a tortura e a morte. Foi exatamente nesse momento que Jarbas, um jovem de aproximadamente 30 anos, obteve reconhecimento nacional pela combatividade e pela coragem de denunciar crimes que pouquíssimos se atreviam a fazê-lo. Essa caraterística central da sua personalidade levou-o a enfrentar todos os desafios da vida com destemor e ousadia.
Outro atributo que chama a atenção em Jarbas é a autenticidade. Ele é essencialmente verdadeiro e íntegro nas suas atitudes. Daí vem mais um dos seus ativos, a credibilidade. A cara dura, as verdades ditas sem meias palavras, a obsessão pela pontualidade, o gosto pela noite e pela boemia, a lealdade aos amigos, a disposição para brigar e a largueza para se reconciliar, a afetividade expressa nos momentos de descontração, a vida vivida com intensidade máxima e quase sem concessões fizeram de Jarbas um homem que, até hoje, desfrutou da existência na sua maior plenitude. Também é possível definir Jarbas como exemplo de espírito público. Seu zelo e correção no trato do interesse público marcaram a todos que com ele trabalharam.
Para mim, um aspecto que sempre despertou admiração na trajetória dele foi sua capacidade de superação. Quando comecei a trabalhar com ele, ouvia uma crítica recorrente: “até hoje Jarbas só fez dizer não à ditadura. Ser prefeito é diferente, o grau de dificuldade é outro. Vai quebrar a cara”. E Jarbas foi o melhor prefeito do Brasil. Quando eleito governador, o tom se repetiu: “Ser prefeito é a mesma coisa que ser síndico. Comandar um estado é muito mais complexo…”. E Jarbas foi o melhor governador do país. Quando venceu a segunda eleição para o Executivo estadual, seguiu a toada: “No primeiro mandato tinha o dinheiro da Celpe, agora vai ser apenas gerente de pessoal”. E Jarbas fez um segundo mandato melhor que o primeiro. Quando se elegeu senador, em 2006, a aposta era: “agora ele arranjou a aposentadoria que queria. Vai descansar”. E Jarbas foi um dos parlamentares mais atuantes do país. Sua capacidade de gestão, firmeza, intuição e vocação para liderar o levaram a passar em todas essas provas com louvor.
Por fim, destaco o elemento mais importante da história de Jarbas: seu compromisso e sua identificação genuína com o povo. Na rua, ele estabelece uma comunhão e uma empatia imediata com a população. Como diz a canção, “Jarbas é a cara do povo, ele sofre o que eu sofro, o que eu quero ele quer…sempre ao lado da gente, não cala, não mente, ele é o que é”.
Tudo isso faz de Jarbas o líder popular mais vitorioso da história política de Pernambuco. São seis eleições majoritárias consagradoras e 50 anos de vida pública. Viva o guerreiro do povo!”