Apoios devem impulsionar Marilia na reta final 

Dois dias após o fim do 1º turno, a candidata à Prefeitura do Recife Marília Arraes (PT), conquistou o apoio de quatro lideranças importantes para o seu palanque. A petista recebeu a adesão do deputado federal Ricardo Teobaldo (Podemos), do ex-ministro Armando Monteiro (PTB), do deputado estadual Álvaro Porto (PTB) e também de Anderson Ferreira (PL), que foi reeleito em Jaboatão dos Guararapes com 54,26% dos votos válidos.

Mesmo com uma estrutura muito inferior a do candidato do PSB, Marília recebeu 223.248 votos, apenas 9.780 a menos que o seu primo, que teve 233.028. Ainda existe a expectativa do Cidadania também integrar esse bloco de apoiadores. Todos eles são críticos ferrenhos dos governos socialistas em Pernambuco, e o movimento que vem sendo realizado é mais um rechaço do que um acordo programático.

Hoje (18) será divulgada a primeira pesquisa Ibope deste 2º turno, que já deve apresentar uma tendência de como vai ser o clima nessa fase final, além de mostrar se os apoios a petista refletiram positivamente ou não. Já o primeiro debate na capital pernambucana será amanhã (19), na Rádio Jornal. Os programas eleitorais retornam na próxima sexta-feira (20), com cinco minutos para cada candidato e prometem acalorar ainda mais o cenário político.

Outro ambiente – A adesão de membros da oposição ao projeto liderado por Marília Arraes (PT) vai fazer a candidata transitar em um eleitorado que esteve distante da sua campanha durante todo o 1º turno. O voto conservador pode ser decisivo, e como apoio não se nega, a petista larga bem nesse novo momento da eleição. 

Crítica – Através de um vídeo divulgado nas redes sociais, o deputado estadual Alberto Feitosa, que disputou a Prefeitura do Recife pelo PSC, chamou de incoerente o Podemos, partido da Delegada Patrícia, por ter anunciado apoio a Marília Arraes (PT) no 2º turno. Feitosa acusou a sigla de praticar a velha política e reafirmou que não apoiará os candidatos do PT e PSB.

Dificuldade – Desde que saiu da Prefeitura do Recife, no final de 2012, João da Costa (PT) não conseguiu obter resultados positivos nas eleições. Em 2014, ele não venceu para deputado federal. Já em 2016 perdeu para vereador, ficando na 1ª suplência. Em 2018, disputou uma cadeira na Alepe e foi derrotado novamente. O último revés foi no domingo (15), quando recebeu 5.802 votos para vereador.

Derrota – Braço direito do vice-prefeito de Caruaru Rodrigo Pinheiro (PSDB), o candidato a vereador Anderson Luiz (Podemos) recebeu apenas 574 votos no dia 15 de novembro e acabou não sendo eleito. Ainda no ano passado, o companheiro de chapa da prefeita Raquel Lyra (PSDB) já tinha sofrido uma derrota na disputa do conselho tutelar, quando apoiou dois concorrentes que também não obtiveram êxito.

Cotados – Dois nomes que estão sendo bastante lembrados nos bastidores para disputar a presidência da Câmara de Caruaru são os dos vereadores Bruno Lambreta e Ricardo Liberato, ambos do PSDB. O atual líder do governo leva uma vantagem por ter defendido a gestão em todos os instantes, além de ter articulado a aprovação de projetos importantes no último período.