Raquel Lyra e sua dificuldade de capitalizar as ações do governo estadual

Opinião
Por Américo Rodrigo
12 de dezembro de 2024 às 20h00min
Foto: Hesiodo Góes

Repercutiu bastante ao longo do dia a pesquisa realizada pela Quaest, em relação à aprovação do governo Raquel Lyra (PSDB). Perto de completar dois anos à frente do Executivo estadual, a tucana tem 54% de aprovação. 42% não aprovam e apenas 4% não souberam responder.

O número da aprovação não é baixo. Entretanto, o que se fala nos bastidores é que a governadora teria potencial para estar numa posição mais confortável, mas não tem conseguido capitalizar as ações e entregas que tem feito ao longo desses 24 meses, mesmo com um grande volume de mídia institucional. Alguns apontam o fato de fazer pouca política. Outros entendem que a mensagem de Raquel não tem chegado na ponta.

Do outro lado da moeda há João Campos (PSB), que pelo fato de ser prefeito do Recife tem a limitação de fazer entregas apenas para a capital, é enxergado dentro e fora do estado como um exímio gestor e um líder político em plena ascensão. Com o diferencial da comunicação estratégica, João tem conseguido, ao contrário de Raquel, fazer sua mensagem repercutir para além das fronteiras da RMR, resultando nos 64% em que ele pontuou numa eventual disputa contra a governadora, que apareceu com 22%.

O Blog Cenário procurou o líder da base, deputado Izaías Régis (PSDB), e o do PSB na Casa, Sileno Guedes, para saber a opinião de cada um deles em relação ao levantamento feito pelo instituto pouco mais de dois meses após as eleições municipais, onde sua base elegeu um número satisfatório de prefeitos.

Os números da pesquisa Quaest refletem a excelente gestão que a governadora Raquel Lyra vem realizando em Pernambuco. A aprovação de 54% demonstra que os pernambucanos e pernambucanas reconhecem os esforços e as importantes entregas que estão sendo feitas, impactando diretamente na qualidade de vida da nossa população. Essa estabilidade ao longo do ano reforça o compromisso de uma gestão eficiente, eficaz e pautada pela austeridade. Ainda há muito a ser feito, e acredito que, com a gestão chegando a todos os recantos de Pernambuco, como vem ocorrendo, essa aprovação só tende a crescer ainda mais”, declarou o líder do governo, deputado Izaías Régis.

Já Sileno foi mais econômico nas palavras e creditou os serviços executados pelo Estado ao Governo Federal. “A real opinião sobre a atual gestão do Governo do Estado está na boca do povo pernambucano. É uma gestão que só funciona a reboque dos projetos federais do presidente Lula, sem identidade e sem rumo”, assinalou.

Américo Rodrigo

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