Pedido de expulsão de Yves do PT partiu de Doriel Barros

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Por Karol Matos
12 de dezembro de 2024 às 09h20min
Foto: Nando Chiappetta

A executiva estadual do Partido dos Trabalhadores aprovou o pedido de expulsão do prefeito de Paulista Yves Ribeiro. Então filiado ao MDB, o gestor ingressou no PT no fim do ano passado com a intenção de tentar a reeleição em 2024. Entretanto, pouco antes das convenções, em julho, ele desistiu de disputar e anunciou apoio a Ramos (PSDB), candidato da governadora Raquel Lyra (PSDB) no Paulista.

Quando a eleição seguiu para o segundo turno entre Ramos e Júnior Matuto (PSB), o PT municipal, sob influência de Yves, declarou oficialmente apoio ao tucano, mas houve uma intervenção da presidente nacional, Gleisi Hoffmann, e a ordem foi de que a legenda seguisse com Matuto. Yves, na época, continuou focado na campanha do candidato de Raquel, fazendo com que o presidente municipal do PT Recife, Cirilo Mota, defendesse que ele fosse expulso da legenda.

No mesmo dia que Cirilo soltou uma nota sobre a expulsão, em 15 de outubro, o Blog Cenário conversou com presidente estadual do PT, deputado Doriel Barros, e ele afirmou que “não era momento para isso”, porque todos estavam focados no segundo turno das eleições e que essa situação de Yves Ribeiro era algo que seria resolvido depois que passasse a eleição, principalmente porque ele não era candidato.

Eleição passou e foi apresentado na estadual do PT um pedido para que ele fosse expulso da legenda. Consultado pelo blog, Doriel Barros confirmou que foi ele mesmo quem protocolou. O documento já foi aprovado pela executiva e no sábado (14) passará pelo diretório, com voto da maioria dos filiados, culminando na saída do gestor.

No texto a justificativa é de que o prefeito tem “demonstrado alinhamento contrário às diretrizes do Governo Federal, e não reconhecendo as políticas públicas federais que beneficiam o município de Paulista e outras cidades pernambucanas”, criticando ainda as comparações feitas por Yves entre as gestões de Lula e Bolsonaro, e suas afirmações atribuindo problemas estruturais do município à União.

Karol Matos

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