Tramita na Câmara Municipal de Floresta, desde os dia 6 de junho, Projeto de Lei que se refere a inclusão de crédito na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024, de recursos provenientes da União, no valor de R$ 248.916,12, que seria destinado à implementação da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura – PNAB. Agora, esse recurso corre o risco de ser devolvido ao governo estadual, deixando artistas e fazedores de cultura no município desamparados.
Acontece que a execução do recurso deve ser precedida da aprovação do projeto por parte dos vereadores, que há quase 3 meses se encontra na Câmara e cuja tramitação em comissões para posterior aprovação em reunião do plenário sequer tem previsão. Importante registrar, que se o recurso não for aprovado até o dia 02 de setembro, o município de Floresta perde o direito de executar esse recurso e deve, em consequência, revertê-lo para os cofres do Estado.
A atitude do presidente da Câmara não só trava a distribuição de recursos essenciais para a promoção cultural local, mas também ameaça a continuidade de projetos que visam preservar e incentivar a diversidade cultural da região. Para muitos, essa decisão representa um duro golpe nas expectativas da classe artística, já que a gestão municipal realizou sete encontros, ouvindo toda a classe artístico-cultural para o envio do Plano Anual de Aplicação de Recursos – PAAR ao Ministério da Cultura.
Os artistas locais, que já haviam planejado utilizar esse montante para financiar iniciativas culturais, estão agora à mercê da burocracia e da intransigência política. A devolução desse valor ao governo estadual não apenas limita as oportunidades para a cultura em Floresta, mas também simboliza uma perda significativa para a comunidade que depende da arte como meio de expressão e desenvolvimento social.
O futuro da cena cultural de Floresta está em jogo e a classe artística espera que essa decisão haja sensibilidade antes que o prejuízo se torne irreversível.