Depois do dia de tensões, na votação da CCLJ, que contou com a vitória da governadora Raquel Lyra (PSDB) no projeto de lei sobre o fim das faixas salariais para a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, a tucana decidiu fazer um gesto.
Ontem (2), os representantes das categorias saíram descontentes com o resultado e se reuniram em protesto na frente da Alepe, prometendo novas mobilizações contra a aprovação final da proposta da forma como foi enviada pela governadora.
Nesta quarta-feira (3), Raquel autorizou a promoção de mais de 100 PMs e bombeiros a cargos como coronel, primeiro-tenente, tenente-coronel e até capitão, todos por antiguidade e merecimento. A tática não é novidade. Sempre que sofre pressão de alguma categoria, a governadora faz anúncios positivos voltados a este público.
Foi assim com os professores, quando no ano passado os profissionais de educação travaram uma dura batalha em relação ao projeto que estipulou o piso, o que causou uma escalonada na crise entre os poderes Legislativo e Executivo. Na época, Raquel anunciou a nomeação de 596 aprovados num concurso realizado na gestão passada.
Apesar de tentar emplacar pautas positivas em meio às crises, a estratégia de redução de danos não convence e o Palácio do Campo das Princesas continua sendo bombardeado de todos os lados, colecionando desafetos entre as inúmeras categorias: na Segurança Pública, Educação e na Saúde, mas, principalmente, na classe política.